O Pix, sistema de transferências e pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central (BC), respondeu por 29% de todas as transações registradas no Brasil em 2022, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (31/5) pela autoridade monetária. Em 2021, esse percentual foi de 16%.
“A partir do final de 2020, o expressivo crescimento do uso do Pix reduziu, em termos relativos, a participação dos demais meios de pagamento e de transferência na quantidade total de transações financeiras”, informou o BC.
Ainda de acordo com o BC, “em apenas dois anos de operação, entre novembro de 2020 e dezembro de 2022, o Pix tornou-se o instrumento com maior quantidade anual de transações” no país.
Aumento nas transações com débito e pré-pago
O BC informou ainda que também foi verificado um aumento significativo na quantidade de transações com cartões de débito e pré-pago. Neste último caso, a expansão é fruto do avanço das instituições de pagamento.
“Essas instituições vêm tendo papel relevante na inclusão financeira, ao proporcionar contas de pagamento a pessoas que anteriormente não tinham nenhum relacionamento com o sistema financeiro, sendo, por exemplo, as instituições em que muitos jovens iniciam seu relacionamento com o sistema financeiro”, diz o BC.
Queda de saques em agências
Por outro lado, segundo o BC, a quantidade e o volume financeiro de saques em ATMs e agências bancárias vem caindo gradualmente.
“De 2020 em diante, essa redução de uso parece ser mais acentuada, o que pode ser explicado pelas mudanças comportamentais da pandemia, a introdução do Pix e o aumento de transações com cartões”, afirma o BC.