“Petrobras trabalhou contra o país nos últimos anos”, diz ministro

Segundo Alexandre Silveira, a política de preços da Petrobras "é uma abstração" e a empresa estatal "se afastou muito da sua função social"

atualizado 15/05/2023 17:59

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Foto colorida do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira - Metrópoles Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta segunda-feira (15/5) que a Petrobras “trabalhou contra o país” nos últimos anos.

Ao participar de um seminário promovido pela Esfera Brasil, grupo que reúne empresários de diversos setores da economia brasileira, Silveira reiterou que o governo federal pretende alterar a atual política de preços da estatal. Essa intenção já foi explicitada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo comandante da Petrobras, Jean Paul Prates, além do próprio Silveira.

Atualmente, a política de preços da Petrobras está vinculada à flutuação do valor praticado no mercado internacional, por meio do Preço de Paridade de Importação, o PPI.

“É importante ter a franqueza de dizer que venceu as eleições um outro projeto de país. Eram duas políticas econômicas completamente diferentes, em especial em relação à Petrobras”, afirmou Silveira, referindo-se à vitória de Lula sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições de 2022.

“Em sã consciência, ninguém vai negar o respeito à governança interna da Petrobras, à sua natureza jurídica de empresa de capital aberto. Mas também não nos faltará firmeza e coragem para assumirmos uma posição”, prosseguiu o ministro de Minas e Energia. “Quando o acionista vai à bolsa e adquire ações da Petrobras, ele sabe que o poder controlador da Petrobras é o governo. O governo compõe a maioria do conselho da Petrobras.”

Segundo Alexandre Silveira, a política de preços da Petrobras “é uma abstração” e a empresa estatal “se afastou muito da sua função social”.

“O que há é que a Petrobras tem também um papel constitucional, que é a sua função social. É uma empresa indutora do crescimento nacional”, afirmou.

“A Petrobras, criminosamente, trabalhou contra o país nos últimos anos. O botijão de gás é vendido pela Petrobras 26% acima do preço do PPI. É um gás que, inclusive, é pago pelo governo para chegar na casa do pobre. A Petrobras tem gordura para poder queimar acima do PPI na gasolina e no diesel”, afirmou Silveira.

Também participaram do debate o procurador-geral da República, Augusto Aras; o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas; e o sócio-fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires.

Convidado para participar do painel, o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, não compareceu. Seu nome havia sido anunciado pela organização do evento. Procurada pelo Metrópoles, a Esfera Brasil informou que foi avisada sobre a ausência de Ferreira Júnior poucos minutos antes do início do painel.

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