O fundo do poço é logo ali: ações da Americanas caem 40% na Bolsa

Americanas informou na manhã desta quinta-feira (19/1) que, sem dinheiro em caixa, recuperação judicial é questão de "dias ou horas"

atualizado 19/01/2023 18:49

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Fachada de unidade da Lojas Americanas; perícia sobre empresa é feita pela agência Kroll - Metrópoles Divulgação

As ações da Americanas operam em queda de mais de 40% no fim da tarde desta quinta-feira (19/1), com investidores reagindo à aprovação do pedido de recuperação judicial, processo em que uma empresa tenta renegociar dívidas para evitar uma falência, por um juiz da 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro.

Em fato relevante divulgado na manhã desta quinta-feira (19/1), a varejista afirmou que “está trabalhando com a possibilidade de, nos próximos dias ou potencialmente nas próximas horas, aprovar o ajuizamento, em caráter de urgência, de pedido de recuperação judicial”.

O pedido foi realizado no começo da tarde e, por volta de 17h, o juiz Paulo Assed deferiu o processo.

Desde a última quinta-feira (12/1), dia após a empresa comunicar o mercado que havia encontrado um rombo contábil de R$ 20 bilhões em seu balanço financeiro, as ações acumulam queda de 90%.

A situação da empresa piorou significativamente nas últimas 24 horas. Ontem (18/1), a Justiça do Rio de Janeiro, em apreciação de um mandado de segurança do BTG Pactual, concedeu ao banco o direito de bloquear R$ 1,2 bilhão em contas da Americanas para garantir parte do pagamento de uma dívida.

Outros bancos fizeram o mesmo. O Bradesco, por exemplo, decidiu reter R$ 450 milhões da Americanas. Itaú e Safra pediram à Justiça para que a varejista só possa sacar o dinheiro que tem depositado em suas contas mediante autorização prévia. No total, a Americanas deve cerca de R$ 40 bilhões a bancos e instituições financeiras.

Os bloqueios teriam reduzido a posição de caixa da Americanas de R$ 8,8 bilhões para meros R$ 800 milhões em apenas uma semana. Hoje, essa posição teria caído para R$ 250 milhões. Parte dos recursos também foi consumida rapidamente pelas atividades operacionais.

Por exemplo: depois que o rombo de R$ 20 bilhões veio à tona, muitos fornecedores condicionaram a venda de mercadoria ao pagamento à vista. Isso aumentou consideravelmente a necessidade de caixa da varejista.

“A Americanas informa que, diante da atitude unilateral dos credores, sua posição de caixa atingiu R$ 800 milhões e parcela significativa deste valor está injustificadamente indisponível para a movimentação da companhia desde ontem”, escreveu a empresa, em comunicado.

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