Em comunicado ao mercado divulgado nesta terça-feira (4/7), a Braskem informou que a Novonor (antiga Odebrecht) convidou a Unipar, que recentemente apresentou uma proposta de R$ 10 bilhões para a compra de uma fatia de controle da petroquímica, para dar início ao processo de “due diligence”.
Trata-se do processo de investigação de uma oportunidade de negócio que o investidor deve aceitar para poder avaliar os riscos da transação. O objetivo é a apresentação de uma oferta final vinculativa pela Braskem.
A Braskem afirma ainda que não conduz eventuais negociações da Novonor. A antiga Odebrecht, por sua vez, informa que o convite à Unipar não foi estendido em “regimento de exclusividade”.
A Novonor também esclarece que não recebeu nenhuma proposta de outros potenciais interessados que resulte em evolução das discussões que vêm mantendo com os bancos credores.
A proposta da Unipar pela Braskem foi apresentada em meados de junho à Novonor. A Unipar entrou na disputa com a gestora americana Apollo Global Management e a Empresa Nacional de Petróleo de Abu Dhabi (Adnoc), que já haviam manifestado interesse na compra da Braskem.
A Petrobras é sócia da Novonor na Braskem. A estatal detém 47% das ações com direito a voto da empresa, enquanto a Novonor fica com 50,1%. Do total de papéis, a petrolífera tem 36,1% e a companhia que sucedeu a Odebrecht, 38,3%.
Há cerca de duas semanas, a Petrobras voltou a negar que tenha tomado qualquer decisão sobre a possibilidade de se tornar controladora da Braskem.
Em comunicado ao mercado, a Petrobras afirmou que “segue observando e analisando a situação e aguardará o momento certo de tomar decisões” sobre o assunto.