O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve anunciar ainda nesta semana as primeiras medidas da pasta para alavancar a economia brasileira.
A apresentação do que vem sendo chamado pelo próprio Haddad de “plano de voo” do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a área econômica deve servir também para acalmar o mercado, que cobra uma maior clareza sobre o que pretende o novo governo.
Os ataques violentos contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília, no domingo (8/1), levaram a uma discussão se este seria o momento mais adequado para o anúncio das primeiras medidas econômicas. Haddad e sua equipe chegaram a cogitar a possibilidade de um adiamento para a próxima semana.
Em uma conversa com Lula, o ministro da Fazenda recebeu o sinal verde para apresentar o seu “plano de voo”. Ainda não está definida uma data para os primeiros anúncios, mas isso deve ocorrer entre quinta (12/1) e sexta-feira (13/1).
Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, a equipe econômica pretende retomar a cobrança de tributos federais sobre a gasolina e o etanol a partir de março. O objetivo da pasta é aumentar a arrecadação e diminuir o rombo das contas públicas em 2023.
A desoneração de tributos federais, como PIS/Cofins e Cide, sobre a gasolina foi prorrogada por Lula até o dia 28 de fevereiro, o que contrariou Haddad, que defendia o fim da isenção.
O fim da desoneração do diesel, gás de cozinha, biodiesel e Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), também desejado pela Fazenda, não deve ser anunciado nesse primeiro pacote de medidas – esses tributos foram zerados até 31 de dezembro.
Como noticiado pelo Metrópoles, Haddad também discute com a equipe da Fazenda uma nova âncora fiscal que substituirá o teto de gastos. Segundo o ministro, ela deve ser anunciada até abril.
