O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), repudiou os atos antidemocráticos e as invasões às sedes dos Três Poderes, em Brasília, neste domingo (8/1). A declaração foi feita após discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que decretou intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal.
“Precisa a declaração do presidente Lula. Os atos criminosos de hoje devem receber forte condenação por parte da sociedade civil. São pavorosas as imagens de invasões aos prédios dos Três Poderes. Os criminosos merecem o rigor que a lei exige. O país não suporta mais tantos atos antidemocráticos e violentos”, escreveu o ministro.
Assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste domingo (8/1), o decreto busca frear a depredação que manifestantes bolsonaristas promovem nos prédios dos Três Poderes.
O decreto de intervenção permite que as Forças Armadas atuem na capital federal para a retomada da ordem pública. Por determinação da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, a Polícia Militar atuava para conter os manifestantes, mas não obteve êxito.
Veja a destruição causada por manifestantes antidemocráticos:
Ricardo Garcia Capelli, atual secretário-executivo do Ministério da Justiça, será o interventor. A medida é limitada ao âmbito da segurança pública e valerá, inicialmente, até o dia 31 de janeiro.
Atos antidemocráticos
Aos gritos de “faxina geral” e ao som do Hino Nacional, bolsonaristas ocuparam a Esplanada dos Ministérios, na tarde deste domingo (8/1), em protesto contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições 2022.
Por volta das 14h40, extremistas invadiram o Congresso Nacional sob uma chuva de bombas de gás lacrimogênio. Em seguida, conseguiram passar pelas barricadas da Polícia Militar do Distrito Federal e entrar no Palácio do Planalto, sede da Presidência da República.
Vidraças, cadeiras e mesas dos dois prédios públicos foram quebradas (veja fotos do interior do Palácio do Planalto depredado). Funcionários do Congresso Nacional que estavam de plantão foram ameaçados.
O último alvo dos manifestantes extremistas foi o Supremo Tribunal Federal (STF). O prédio do órgão do Judiciário foi invadido por volta das 15h45.