O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou nesta terça-feira (19/12) o aumento dos percentuais de biodiesel no óleo diesel.
A partir de março do ano que vem, a mistura subirá de 12% para 14%. Em 2025, irá a 15%. Atualmente, o teor é de 12%.
O cronograma anterior do governo determinava 13% em 2024, 14% em 2025 e 15% em 2026. A medida anunciada nesta terça, portanto, antecipa esse calendário em um ano.
A decisão foi tomada depois de uma reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), na sede do Ministério de Minas e Energia. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do encontro.
“Hoje ampliamos a participação do biodiesel ainda mais na nossa matriz e isso tem dois efeitos: diminuir a dependência da importação de óleo diesel e ajudar a descarbonizar, já que a ANP vem avançando muito nas certificações de qualidade de produto”, afirmou Silveira.
Entenda questão do biodiesel
A política do RenovaBio (que visa a auxiliar o setor de biocombustíveis na tarefa de descarbonização), determinava que o percentual de mistura de biodiesel no diesel deveria ter sido de 14% desde março de 2022, passando para 15% em março de 2023.
Em novembro do ano passado, o governo de Jair Bolsonaro (PL) manteve o percentual de 10% do biodiesel no diesel até 31 de março de 2023. A equipe de transição do então presidente eleito, Lula, defendeu aumentar a quantidade de acréscimo ao produto vendido para o consumidor, mas ainda não havia definido o percentual de aumento.
A visão do governo Lula é a de que, quanto maior o percentual de biodiesel no diesel, mais a agricultura será beneficiada. O argumento é que as matérias-primas do biodiesel são soja, algodão e canola. Assim, o uso do combustível seria favorável para o setor.
