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Caminhões da JBS usam biodiesel que emitem até 80% menos gás carbônico

Companhia iniciou fase de testes em veículos abastecidos com biocombustível produzido em Lins (SP). Ideia é substituir diesel tradicional

atualizado 21/11/2023 14:06

A JBS, reconhecida como uma das maiores empresas de alimentos do mundo, percorre quase 520 quilômetros entre Lins (SP) e o Porto de Santos (SP), marcando um caminho rumo a um futuro de mobilidade sustentável e baixa emissão de carbono. Utilizando três veículos da montadora holandesa DAF, a empresa inicia testes com o B100, um biodiesel produzido a partir de subprodutos da produção de alimentos.

Este combustível desponta como aposta nacional e global na transição energética e na redução das emissões de carbono. O projeto tem como meta validar a eficácia do biodiesel como substituto do diesel na rede de logística rodoviária brasileira. Circulando em média 1.200 km por dia, os caminhões percorrerão essa rota, e dados preliminares dos primeiros quilômetros já indicam uma equiparação no consumo entre o B100 e o diesel tradicional.

Para o projeto B100, serão testados três caminhões DAF 530, com cavalos mecânicos traçados 6 x 4 e com uma capacidade de transporte de 74 toneladas. Os veículos são originais de fábrica e trabalharão com dois semirreboques contêineres, sendo utilizados pela JBS Transportadora na rota logística entre Lins e o Porto de Santos, no litoral paulista.

Para Alexandre Pereira, diretor comercial da JBS Biodiesel, a introdução do B100 na frota de caminhões da JBS é uma sinalização importante para o mercado brasileiro, demonstrando confiança na qualidade do biocombustível e reforçando o compromisso com a adoção de práticas que reduzem a pegada de carbono dos seus negócios.

“O biodiesel tem uma série de benefícios para o Brasil. Além de ser um energético mais limpo, contribuindo para reduzir a poluição nas grandes cidades, trata-se de um biocombustível que ajuda a reduzir a dependência de importação de diesel. Além disso, trata-se de um produto de alta qualidade, que não traz nenhum dano aos motores”.

Alexandre Pereira, diretor comercial da JBS Biodiesel

Pereira ressalta que o biodiesel emite até 80% menos gás carbônico do que o diesel de fóssil. Além disso, o biocombustível produzido no Brasil segue as especificações técnicas estabelecidas pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o que garante rígidos padrões de qualidade.

JBS
Modelo de caminhão utilizado: autonomia e sustentabilidade

Para identificar os veículos, a JBS vai adesivar os três caminhões com a sinalização “100% movido a biodiesel”. Além disso, a JBS Biodiesel vai envelopar também o posto de abastecimento na sua planta em Lins.

Expansão dos biocombustíveis

Os testes com B100 na frota de caminhões estão em linha com o movimento de expansão dos biocombustíveis na matriz de transportes do Brasil.

Em abril deste ano, o governo federal ampliou a mistura do biodiesel no diesel de 10% para 12%, com previsão de chegar a 15% até 2026. Além disso, a União acaba de enviar ao Congresso Nacional o Projeto de Lei do Combustível do Futuro, que tem como principal objetivo estimular o avanço dos biocombustíveis na matriz energética brasileira.

“O biodiesel já é o combustível do presente, não somente do futuro. É uma opção já pronta para termos uma economia de baixo carbono e um caminho já traçado para uma expansão sustentável no nosso País”.

Alexandre Pereira, diretor comercial da JBS Biodiesel

Com plantas localizadas em Lins, Mafra (SC) e Campo Verde (MT), a JBS Biodiesel é uma das cinco maiores produtoras de biodiesel do Brasil, sendo líder na produção do biocombustível a partir do sebo bovino.

Atualmente, a capacidade instalada da companhia é de cerca de 720 milhões de litros por ano, montante que equivale a pouco mais de 10% do volume de 6,3 bilhões de litros de biocombustível produzidos em 2022, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

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