Com um resultado melhor do que o esperado pelo mercado, a Gol registrou um lucro líquido de R$ 230,9 milhões no quarto trimestre de 2022, revertendo um prejuízo de R$ 2,8 bilhões do ano anterior.
Os resultados divulgados pela Gol não foram auditados. A companhia informou que publicará os dados auditados no dia 28 de março.
A receita operacional líquida da companhia aérea somou R$ 4,76 bilhões no período, uma alta de 61,7% em relação ao último trimestre de 2021.
O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) no quarto trimestre ficou em R$ 1,16 bilhão, quase cinco vezes mais do que no mesmo período do ano anterior.
Segundo o consenso Refinitiv, analistas projetavam um prejuízo líquido de R$ 484,7 milhões no quarto trimestre.
“Esse ano (de 2022) foi marcado pelo retorno às operações normais em muitos aspectos. Focamos no controle de custos e no aumento de nossas margens e nossos fortes resultados no quarto trimestre são evidências de que nossa abordagem está funcionando”, afirmou o diretor-presidente da Gol, Celso Ferrer, em nota.
Segundo a companhia, houve recordes tanto em receita quanto em vendas no quarto trimestre do ano passado. O crescimento no fim do ano impulsionou esse resultado, especialmente em novembro, que superou patamares diários de vendas registrados antes da pandemia, em 2019.
A liquidez total da Gol, no fim do quarto trimestre de 2022, era de R$ 4,1 bilhões – 13% maior do que no mesmo período de 2021. A dívida líquida ajustada era de R$ 27 bilhões, um recuo 33,3% na comparação anual.
Reestruturação da dívida
Como noticiado pelo Metrópoles, a Gol anunciou uma reestruturação de parte de sua dívida. A controladora da companhia aérea, a holding Abra (que também controla a operação internacional da Avianca), concederá um financiamento de US$ 1,4 bilhão (cerca de R$ 7,3 bilhões).
A nova dívida terá como prazo março de 2028 e não poderá ser executada antecipadamente. Os títulos a serem cobertos pelo novo financiamento são, principalmente, emissões feitas no exterior pela Gol durante a pandemia, quando a receita com viagens foi praticamente zero.
