A retomada das viagens domésticas e internacionais ajudou a Azul a melhorar substancialmente seu desempenho financeiro. Em 2022, a companhia aérea registrou prejuízo de R$ 722 milhões. Apesar da cifra ainda negativa, o prejuízo foi 83% menor do que o registrado ao longo de 2021.
No último trimestre do ano passado, a Azul marcou um lucro líquido de R$ 1,1 bilhão. O desempenho dos últimos meses do ano é influenciado por questões sazonais (como o aumento das viagens de férias de verão), mas mostra que uma sólida recuperação está em curso no setor.
O lucro de R$ 1,1 bilhão no quarto trimestre de 2022 representa uma reversão do prejuízo de R$ 392 milhões registrado no mesmo período de 2021.
A oferta de assentos subiu 10% na reta final de 2022 e os preços dos bilhetes também subiram. A receita líquida avançou quase 20% e chegou a R$ 4,4 bilhões no final do trimestre. No lado negativo, o aumento do preço do combustível das aeronaves impactou o custo das operações.
O resultado financeiro acima do esperado e o anúncio de um acordo para renegociar dívidas de arrendamento de aeronaves impulsionam as ações da Azul nesta segunda-feira. No início da tarde, papeis da empresa negociados na Bolsa de Valores subiam 52%.
Renegociação
A Azul anunciou, na noite de domingo (5/3), que firmou acordos com arrendadores representando mais de 90% de suas dívidas de leasing de aviões. Em setembro de 2022, o valor desses débitos nos 12 meses seguintes era de cerca de R$ 3,8 bilhões.
Esses acordos representam parte do plano da Azul de fortalecer a geração de caixa da companhia. Segundo a empresa, eles devem melhorar a estrutura de capital, além de entregar aos arrendadores 100% dos valores previamente combinados.
“Esta solução abrangente e sua correspondente redução do nosso risco de crédito deverá reduzir significativamente nosso custo de capital, refletindo nossas altas margens e geração de caixa, aumentando nosso acesso ao mercado de capitais”, escreveu a Azul, em comunicado.
