“Fomos vítimas de uma fraude”, diz respeitada gestora sobre Americanas

A Verde, gestora que comprou títulos da dívida da Americanas, teve o rendimento dos fundos de investimento afetado pela crise da Americanas

atualizado 06/02/2023 18:08

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Grávida que furtou produtos das Americanas por fome é solta após atuação da Defensoria Divulgação

A gestora Verde, uma das mais respeitadas do mercado, reconheceu as perdas causadas pela crise da Americanas que alcançaram um dos seus fundos de investimento. A casa fundada por Luis Stuhlberger comprou debêntures da varejista em 2022 e viu o valor desses títulos de crédito privado virar pó após a Americanas pedir recuperação judicial.

O impacto para o rendimento do fundo multimercado da Verde foi pequeno, de menos de 0,2%, uma vez que as debêntures compradas representavam algo como 0,15% do patrimônio total.

“Fomos vítimas de uma fraude. Há quanto tempo que esta fraude existe, quem foram os principais responsáveis e beneficiários, é assunto que será amplamente discutido e explorado no Judiciário”, disseram os gestores, na carta mensal de fevereiro.

Assim como os outros compradores de títulos de crédito privado, a casa faz parte da lista de credores da Americanas. No total, a varejista deve R$ 47 bilhões, sendo cerca de R$ 2 bilhões referentes às debêntures emitidas em junho de 2022.

“Estávamos falando de uma companhia com longo histórico, controlado por três acionistas considerados (até então) os melhores gestores de
negócios do país, e com balanços auditados por uma das principais empresas do setor”, disse a gestora, na carta.

A Verde prevê um longo processo de recuperação judicial pela frente e já vê como certas as perdas para as debêntures compradas, embora a gestora diga que “vai exercer seu dever fiduciário de preservar o melhor interesse dos cotistas”.

Diretoria afastada

Na carta, a gestora de Stuhlberger critica o fato de a Americanas ter demorado 23 dias para afastar diretores que estavam no comando da empresa antes de o problema de R$ 20 bilhões no balanço vir à tona.

Na última sexta-feira (3/2), toda a diretoria foi afastada. Os únicos executivos que permaneceram nos cargos foram o presidente internino João Guerra e a recém-nomeada diretora financeira Camille Loyo Faria.

“Temos a maior fraude da história corporativa do Brasil, um buraco de mais de R$ 20 bilhões, e a gestão financeira da companhia (com exceção da recém-empossada CFO) continuou sendo feita pelas mesmas pessoas durante todo o período seguinte”, avalia a Verde.

A casa de investimentos não poupou críticas também aos acionistas de referência da Americanas, os bilionários Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles. Apesar da proporção que a crise tomou, o trio teria preferido ficar “silente” frente aos desafios a serem enfrentados para renegociar a dívida da Americanas e manter a empresa funcionando, diz a gestora.

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