Copom dá “sinal tênue” de que poderá reduzir juros, diz economista

Para Márcio Holland, professor da FGV, órgão do BC deveria ser mais claro sobre a possibidade de baixar a Selic no segundo semestre

atualizado 21/06/2023 20:46

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Parte externa do banco central - Metrópoles Felipe Menezes/Metrópoles

O Comitê de Política Monetária (Copom), órgão do Banco Central (BC), divulgou no início da noite desta quarta-feira (21/6) um comunicado no qual, ao contrário das expectativas do mercado, dá um sinal muito tênue de que poderá inciar um ciclo de redução da taxa básica de juros, a Selic, nos próximos meses. O indicador está fixado em 13,75% ao ano. Esse valor foi confirmado pelo Copom nesta quarta.

Essa é a avaliação do economista Márcio Holland, professor da Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV EESP), em São Paulo. “É muito provável que o Banco Central diminua os juros no segundo semestre”, diz Holland. “Por isso, poderia ser mais claro em relação a esse ponto. Ele, na prática, perdeu a oportunidade de acalmar ânimos e fornecer uma orientação para futuras decisões do mercado.”

A conclusão de que existe uma brecha para o alívio da taxa vem, principalmente, de um trecho da nota divulgada pelo Copom. Ela diz: “O Comitê avalia que a conjuntura demanda paciência e serenidade na condução da política monetária e relembra que os passos futuros da política monetária dependerão da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica”.

No fim da reunião anterior, realizada no início de junho, o comunicado afirmava: “O Comitê avalia que a conjuntura demanda paciência e serenidade na condução da política monetária. O Copom enfatiza que, apesar de ser um cenário menos provável, não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”. Para Holland, a saída do trecho “não hesitará” é pequeno indício de alívio.

O Copom começou a subir os juros de referência no Brasil em março de 2021, quando a Selic passou de 2% para 2,75%. Desde então, a taxa nunca baixou. Ela atingiu seu ponto mais alto, os atuais 13,75%, em agosto de 2022, onde permanece desde então.

 

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