Campos Neto sobre meta fiscal: BC e governo estão “bastante alinhados”

Roberto Campos Neto, presidente do BC, voltou a elogiar a decisão do governo de manter as metas fiscais definidas pelo novo Marco Fiscal

atualizado 29/09/2023 12:39

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Imagem colorida de Roberto Campos Neto Fábio Vieira/Metrópoles

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, voltou a elogiar a decisão do governo de manter as metas fiscais definidas pelo novo Marco Fiscal, aprovado no Congresso Nacional.

Dois dias depois de se reunir pela primeira vez com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva – em encontro intermediado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad –, o chefe da autoridade monetária reiterou que, mesmo que seja difícil, é necessário buscar o objetivo de zerar o déficit primário do Brasil em 2024.

“É uma decisão muito acertada do governo persistir na meta, ainda que o mercado não acredite, que o mercado entenda que é difícil, e tentar outras formas além das que foram propostas para atingir a meta. A gente tem trabalhado com o governo, estamos bastante alinhados nesse sentido”, disse Campos Neto, que participou de um evento promovido por uma corretora financeira em São Paulo.

“Às vezes, a meta é difícil, pode levar um pouquinho mais de tempo para atingir. Mas, se você faz um arcabouço e desiste da sua meta antes do primeiro teste, significa que você não é sério sobre aquela dimensão fiscal, e isso pode desorganizar os preços de mercado”, completou o presidente do BC.

A meta de déficit zero, considerada cada vez mais improvável por analistas, foi mantida no Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) de 2024, encaminhado ao Congresso. Se ela for cumprida, o governo terminará o ano que vem com despesas equivalentes às receitas e sairá do vermelho

PIB e Selic

Em sua apresentação, Campos Neto afirmou que “o mercado erra bastante a trajetória da Selic”, a taxa básica de juros da economia brasileira.

“Mais recentemente, teve uma perspectiva de queda na Selic e agora um pequeno ajuste na ponta”, disse o presidente do BC. Segundo Campos Neto, o mercado “está entendendo que conseguimos trabalhar com juros mais baixos”.

Em relação às revisões para cima sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, Campos Neto afirmou que as “reformas que foram feitas podem sugerir que nosso crescimento estrutural esteja mais alto”.

“O Brasil tem uma das maiores revisões de aumento de crescimento. A gente saiu de projeção de 0,5% para 3,%. Estamos caminhando para um dos menores níveis de desemprego em anos. A gente começa a ver que começa a ter ganho de trabalho”, concluiu.

Nesta semana, o BC elevou sua projeção para o crescimento da economia brasileira em 2023. De acordo com a autoridade monetária, o PIB do Brasil deve encerrar este ano com alta de 2,9%, ante 2% da última estimativa.

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