O Índice de Confiança Empresarial (ICE), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou queda em abril deste ano, na comparação com março, depois de duas altas consecutivas. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (2/5).
Em abril, o ICE recuou 0,3 ponto, para 91,1 pontos, de acordo com a FGV. Em médias móveis trimestrais, o indicador registrou a segunda alta seguida, para 90,6 pontos (+0,9).
“A suave queda da confiança empresarial em abril manteve o indicador em patamar baixo, refletindo o quadro de desaceleração gradual do nível de atividade dos setores mais cíclicos da economia, uma tendência que vem sendo compensada neste início de ano pelo excelente desempenho do agronegócio”, explica Aloisio Campelo Júnior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV).
De acordo com Campelo Júnior, “houve alguma melhora da percepção com relação à situação presente dos negócios e piora das expectativas”.
O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) avançou 1,3 ponto entre março e abril, para 92,2 pontos. Enquanto isso, o Índice de Expectativas (IE-E) recuou 1,6 ponto, para 91,4 pontos.
“Com esse resultado, o indicador que reflete as expectativas voltou a ficar abaixo do indicador de situação atual, uma combinação que justifica uma interpretação desfavorável para os resultados das sondagens empresariais em abril”, afirma Campelo Júnior.
O ICE reúne os dados das sondagens dos setores de indústria, serviços, comércio e construção. O levantamento considera pesos proporcionais à participação de cada segmento na economia, a partir de dados das pesquisas anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa da FGV coletou informações com 3.842 empresas dos quatro setores entre os dias 1º e 26 de abril.
