A Americanas anunciou, na tarde desta terça-feira (17/1), que a nova diretora financeira da empresa será Camille Loyo Faria. Ela substituiu André Covre, executivo que se demitiu com apenas 9 dias no cargo após descobrir o rombo contábil de R$ 20 bilhões no balanço da varejista.
Camille Faria fez uma longa carreira no setor de bancos, com passagem pelo Merrill Lynch, Bradesco BBI e Morgan Stanley. Em 2019, ela assumiu o posto de CFO da Oi, empresa que entrou em recuperação judicial em 2017 para renegociar dívidas de R$ 60 bilhões.
Quando a executiva assumiu a cadeira na Oi, o plano de renegociação de dívidas já havia sido aprovado. Ela permaneceu frente à diretoria financeira da Oi até 2019, quando assumiu o mesmo posto na Tim.
Chamou atenção do mercado o fato de a Americanas convocar uma executiva com experiência maior no setor telecom, e não alguém com passagem pelo varejo.
Fontes que acompanharam o processo dizem que Camille foi um dos nomes indicados por Sergio Rial, presidente da Americanas que também renunciou em meio ao furacão, aos acionistas da varejista. Antes da passagem relâmpago de 9 dias pela varejista, Rial foi presidente do Santander.
Além da ponte com Rial, Camille também seria um nome de confiança do BMA, escritório de advocacia que representou a Oi durante todo o processo de recuperação judicial e que agora estaria também atuando nos bastidores das renegociações da Americanas com seus credores.
A varejista, aliás, parece estar se cercando de um time com ampla passagem pela Oi. Além de Camille e, informalmente, do BMA, a Americanas anunciou ontem (16/1) a contratação da Rothschild & Co, empresa que também mediou conversas entre a empresa de telecom e os credores.
