O dólar operava em alta na manhã desta quarta-feira (28/6), véspera da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) que pode mudar o sistema de metas de inflação vigente no país.
Às 10h15, a moeda americana subia 1,36% e era negociada a R$ 4,872.
No dia anterior, o dólar teve alta de 0,68%, cotado a R$ 4,798. Com o resultado, passou a acumular ganhos de 0,44% na semana, mas ainda tem queda de 5,41% no mês e de 9,08% no ano.
O CMN é formado pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet, além do presidente do BC, Roberto Campos Neto. O governo, portanto, tem maioria.
A meta de inflação para este ano é de 3,25%. Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%. Para 2024 e 2025, a meta é de 3%. Embora as projeções para a inflação venham caindo consistentemente nas últimas semanas, elas ainda estão acima desse patamar.
Uma das alternativas defendidas pelo governo é que a meta de inflação deixe de seguir o ano-calendário (modelo atual, em que a verificação sobre o cumprimento ou não da meta é feita no fim de dezembro) e passe a ser uma meta contínua (com um prazo móvel, desvinculado do ano-calendário).
Além das atenções voltadas ao CMN, no cenário interno, os investidores olham para o exterior e aguardam um novo pronunciamento do presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos), Jerome Powell, nesta quarta.
O chefe da autoridade monetária americana participa do fórum anual do Banco Central Europeu (BCE).
Ibovespa
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores do Brasil, operava com forte volatilidade no início do pregão.
Depois de alternar altas e baixas, o indicador recuava 0,33%, aos 117.133,59 pontos, por volta das 10h20.
Na véspera, o Ibovespa fechou em baixa de 0,61%, aos 117,5 mil pontos. Com o resultado, acumula queda de 1,22% na semana, mas ainda tem ganhos de 8,48% no mês e de 7,1% no ano.