Uma operação israelense realizada nesta quinta-feira (26/1) em um campo de refugiados em Jenin, na Cisjordânia ocupada, terminou com a morte de ao menos nove palestinos, além de deixar cerca de 20 feridos. O Ministério da Saúde da Autoridade Nacional Palestina (AP) informou que uma idosa de 60 anos foi identificada entre os mortos.
Israel confirmou a operação, e informou que o foco da ação eram integrantes da Jihad Islâmica, suspeitos de planejar ataques terroristas. Em nota, as Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram que militantes pró-palestina abriram fogo contra as tropas israelenses durante a ação, culminando no conflito.
Ao todo, três suspeitos foram capturados. Nenhum ferimento ou baixa de soldados de Israel foi relatada.
Além do confronto, autoridades locais acusaram israelenses de disparar bombas de gás lacrimogêneo contra um hospital local, afetando uma ala infantil. À Al Jazeera, o chefe da unidade hospitalar ainda disse que militares israelenses dificultaram o resgate e atendimento de feridos.
“O motorista da ambulância tentou chegar a um dos mártires que estava no chão, mas as forças israelenses atiraram diretamente na ambulância e os impedira de se aproximar dele”, disse Wissam Baker.
Com a nova operação militar de Israel na Cisjordânia ocupada, o número de palestinos mortos em 2023 por israelenses aumentou para 29, sendo cinco crianças. Esta é mais uma ofensiva do governo de Benjamin Netanyahu, que ao assumir seu novo mandato afirmou que a prioridade de seu governo seria aumentar o número de assentamentos na região, que considera como um “direito exclusivo e inalienável” do povo judeu.
