Itamaraty muda postura e critica ida de ministro de Israel a Jerusalém

A visita do chanceler de Israel a mesquita Al-Aqsa, onde somente muçulmanos têm entrada livre, gerou críticas da comunidade internacional

atualizado 04/01/2023 11:31

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Reprodução/Twitter

Nos primeiros dias de governo Lula (PT), o Ministério das Relações Exteriores demonstrou a primeira mudança de postura em relação a política externa do Brasil, como prometido pelo ministro Mauro Vieira.

Em comunicado divulgado na noite de terça-feira (03/01), o Itamaraty criticou a visita do ministro de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, a mesquita Al-Aqsa, em Jerusalém.

O local é considerado sagrado para o islamismo e judaísmo, porém, acordos preveem que somente somente muçulmanos possuem entrada livre e podem realizar adorações no lugar. A visita foi vista pela comunidade árabe como uma provocação, além de um agravamento das tensões na região após Benjamin Netanyahu assumir um novo mandato como primeiro-ministro de Israel em um governo de coalizão de direita ultranacionalista. 

“Brasil acompanhou com grande preocupação a incursão do Ministro de Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, na Esplanada das Mesquitas (“Haram-El-Sharif”), em Jerusalém, na manhã de hoje, 03/01”, diz o comunicado divulgado Itamaraty.

A crítica acontece depois de promessa do diplomata Mauro Vieira ao assumir o comando do Itamaraty. Durante sua posse como ministro, Vieira afirmou que o Brasil retomaria o pragmatismo e neutralidade em relação a questão da Palestina, diferentemente da postura do governo anterior. Durante a gestão Jair Bolsonaro (PL), o Brasil se alinhou diversas vezes com Israel, e o então presidente chegou até mesmo a ensaiar uma transferência da embaixada brasileira de Israel de Tel-Aviv para Jerusalém, causando polêmica entre a comunidade árabe.

“À luz do direito internacional e tendo presente o status quo histórico de Jerusalém, o governo brasileiro considera fundamental o respeito aos arranjos estabelecidos pela Custodia Hachemita da Terra Santa, responsável pela administração dos lugares sagrados muçulmanos em Jerusalém, tal como previsto nos acordos de paz entre Israel e a Jordânia, em 1994. Ações que, por sua própria natureza, incitam à alteração do status de lugares sagrados em Jerusalém constituem violação do dever de zelar pelo entendimento mútuo, pela tolerância e pela paz”, afirma o Itamaraty.

A visita do ministro israelense em Jerusalém provocou a reação da comunidade internacional. Nesta quarta-feira (04/01), Emirados Árabes Unidos e China convocaram uma reunião no Conselho de Segurança da ONU, que deve acontecer na quinta-feira (05/01), segunda agências internacionais.

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