Rupert Murdoch, presidente do conglomerado de mídia conservador do qual faz parte a Fox News, canal de notícias de televisão a cabo, admitiu em julgamento que vários apresentadores de sua rede de televisão endossaram falsas alegações de que a eleição norte-americana de 2020 teria sido fraudada. A teoria conspiratória ganhou coro após afirmações do ex-presidente Donald Trump, derrotado na busca pela reeleição.
Segundo o bilionário australiano de 91 anos, comentaristas da Fox News “endossaram” as acusações infundadas do ex-presidente Trump. O depoimento faz parte de um processo contra a Fox News por difamação.
No entanto, segundo Murdoch, toda a Fox não apoiou a teoria conspiratória de fraude eleitoral e os comentários pontuais feitos por comentaristas são protegidos pelo direito constitucional à liberdade de expressão,
“Alguns de nossos comentaristas o endossaram”, disse o bilionário, sob juramento.
Ruper Murdoch é acionista majoritário da News Corp, império de mídia conservador, do qual faz parte o canal americano de notícias Fox News.
Apoiou Trump
Mesmo assim, Murdoch disse que deveria repreendido as falas do ex-presidente em 2020. “Gostaria que fôssemos mais fortes em denunciá-lo, em retrospectiva”. Vale lembrar que o canal apoiava a candidatura de Donald Trump abertamente na época.
O processo de difamação é movido pela empresa Dominion Votin Systems. A empresa de tecnologia eleitoral afirma que a Fox News prejudicou seus negócios ao transmitir rumores falsos e permitir que dois advogados de Trump veiculassem alegações de fraude em programas da Fox.
Por comunicado, a rede afirma que o processo da empresa de tecnologia “descaracteriza os fatos escolhendo trechos de som, omitindo o contexto principal e descaracterizando o registro.”