O governo da Noruega anunciou, nesta segunda-feira (11/12), a doação de mais US$ 50 milhões (o equivalente a R$ 245 milhões) para o Fundo Amazônia, mecanismo de financiamento às ações de proteção da Floresta Amazônica.
O anúncio foi feito pelo ministro norueguês para o clima, Andreas Bjelland Eriksen, durante evento em homenagem aos 15 anos do Fundo, ao lado da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. O encontro deles aconteceu durante a COP28 – Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP28), em Dubai, nos Emirados Árabes.
Principal doador do fundo, o país nórdico havia anunciado que pretendia retomar os repasses após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em janeiro. O mecanismo estava paralisado durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Discurso na COP28
Segundo o diretor executivo da Fundação Rainforest Noruega, Tørris Jæger, “o Fundo Amazônia provou ser uma solução eficaz para apoio financeiro às florestas tropicais do Brasil ampliando os esforços brasileiros para a Amazônia”.
“O Brasil precisa de apoio internacional para cumprir a sua ambição de desmatamento zero na Amazônia. Essa floresta tropical vital é de importância global para o clima e a biodiversidade, e protegê-la é uma tarefa cuja responsabilidade não pode caber apenas ao Brasil. Só poderemos manter viva a meta de 1,5 graus se mais os países contribuem para a proteção das florestas tropicais, como por meio do Fundo Amazônia”, frisou.
Além da Noruega, do governo do Reino Unido também anunciou, durante a conferência climática, a contribuição de US$ 44 milhões (cerca de R$ 215 milhões) para o Fundo.
Retomada do Fundo Amazônia
O Fundo Amazônia ficou paralisado entre 2019 e 2022, depois de supostas alegações de irregularidades e o desmonte do Comitê Orientador do Fundo Amazônia (Cofa) e do seu Comitê Técnico (CTFA). Novas doações ao mecanismo também ficaram paralisadas durante o período.
Com a eleição de Lula, ainda em dezembro de 2022, a Alemanha anunciou nova doação para o Fundo Amazônia de, aproximadamente, R$ 150 milhões, a serem enviados ao longo de 2023.
Além disso, Inglaterra, União Europeia e Dinamarca anunciaram contribuições ao Fundo Amazônia. Até o momento, as doações não chegaram aos cofres do mecanismo.
