Você comeria? Entenda como empresa criou almôndega com carne de mamute

A novidade foi uma estratégia de marketing para provar que é possível consumir carne sem envolver nenhum tipo de sofrimento ou morte animal

atualizado 30/03/2023 16:35

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Empresa cria almôndega feita com carne de mamute Getty Images e Instagram

O avanço tecnológico permite que a humanidade crie alimentos inovadores, inclusive uma almôndega feita com “carne” de um mamute-lanoso, extinto há cerca de 4 mil anos. A novidade, desenvolvida por uma empresa australiana, foi uma estratégia de marketing para mostrar que é possível consumir proteína animal sem abate.

A iguaria da startup Vow foi exibida no museu de ciências NEMO, na capital holandesa, na última terça-feira (23/3). Apesar de curiosa, ela não está pronta para o consumo, pois precisa passar por testes de segurança para comprovação da qualidade.

“Escolhemos a carne de mamute lanoso porque é um símbolo de perda. Esse animal foi extinto pelas mudanças climáticas”, disse o cofundador da Vow, Tim Noakesmith, à agência de notícias Agence France-Presse (AFP).

O alimento foi desenvolvido a partir da sequência de DNA da mioglobina de mamute, uma proteína muscular que dá sabor à carne. Depois, foi inserida uma sequência em células-tronco de uma ovelha e algumas lacunas de DNA de elefante africano. Ao todo, o experimento gerou 20 bilhões de células.

“Foi ridiculamente fácil e rápido. Fizemos isso em algumas semanas. Inicialmente, a ideia era produzir carne de dodô, mas as sequências de DNA necessárias não existem mais”, explicou Ernst Wolvetang, que trabalhou em parceria com a empresa, ao jornal britânico The Guardian.

O cientista ressaltou ainda que está curioso para ver o projeto finalizado. “Não vou comê-la ainda porque não vemos essa proteína há 4.000 anos. Contudo, depois dos testes de segurança, estarei realmente curioso para ver com o que ela se parece”, acrescentou.

Tim Noakesmith
Cofundador da Vow, Tim Noakesmith

Potencial da carne cultivada em laboratório

Para a startup australiana, o desenvolvimento da “carne” de mamute tem como justificativa questionar o que pode ser comida ou não.

Neste caso, eles provam que o alimento não precisa existir no planeta para ser consumido. A empresa tem como foco reforçar o potencial comercial da proteína cultivada em laboratório.

“Enfrentamos um destino similar se não fizermos as coisas de forma distinta, como mudar as práticas da agricultura em larga escala e nossa forma de comer. A comida da forma que conhecemos não precisa permanecer do jeito como a conhecemos”, destacou a startup Vow.

Além das almôndegas de mamute, a empresa produz “carnes” feitas a partir de células de animais, cultivadas em laboratório, mas sem envolver nenhum tipo de abate animal. Alguns alimentos do tipo já são aprovados para o consumo humano nos Estados Unidos.

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