Valderia da Silva Barbosa Peres, 46 anos, policial civil do Distrito Federal assassinada nesta sexta-feira (11/8), teria relatado a colegas de trabalho que era perseguida pelo ex-companheiro Leandro Peres Ferreira (foto em destaque), 46, suspeito de matá-la. O motoboy está foragido.
A vítima e o ex se separaram recentemente. Leandro tinha se mudado da casa da policial há cerca de um mês, mas não aceitava o término e costumava mandar flores e outros presentes para o trabalho dela, na tentativa de reatar o relacionamento. O comportamento do ex-companheiro teria deixado Valderia assustada.
Antes de fugir
Leandro aparece em um vídeo registrado logo após o assassinato da policial civil. Imagens das câmeras de segurança mostram o momento em que o suspeito sai do prédio onde mora a mãe dele, por volta das 12h15 desta sexta-feira (11/8).
O motoboy aparece nas imagens usando boné preto, blusa azul e bermuda. Nesta tarde, policiais encontraram o carro do suspeito, um Ford Fiesta vermelho, estacionado em frente ao prédio, onde ele morava desde que havia deixado a casa da ex. O veículo foi levado para a 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul).
Nota de pesar
O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) lamentou o crime. “A perda de Valderia é uma triste lembrança do quão importante é o fortalecimento da luta no combate à violência contra a mulher em nossa sociedade. Seu legado servirá como inspiração para todos os profissionais que, assim como ela, estão empenhados em fazer do mundo um lugar mais seguro e justo para as mulheres”, comunicaram, em nota.
Valderia, que atuava como chefe da Seção de Apoio Administrativo, Estatística e Informática da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) 2, em Ceilândia, foi assassinada em casa, em Arniqueiras.
O filho da vítima, um jovem de 23 anos, encontrou a mãe morta e ensanguentada, por volta das 12h30. Desde então, equipes do Departamento de Polícia Especializada (DPE) estão à procura de Leandro. O motoboy tinha uma empresa de transportes e mudanças com a companheira. A sede do negócio ficava no endereço da vítima.
Além disso, antes de cometer o crime, o motoboy teria sacado R$ 10 mil e deixado uma mala pronta, com roupas e objetos pessoais, na casa de Valderia.
