Privatização da Rodoviária: veja os serviços “intocáveis” no terminal

Projeto de privatização da Rodoviária do Plano Piloto foi aprovado na CLDF nesta semana. Mudanças devem impactar mais de 500 mil pessoas

atualizado 14/12/2023 19:05

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Imagem colorida de pessoas circulando pela Rodoviária do Plano Piloto- Metrópoles Vinícius Schmidt/Metrópoles

Aprovado esta semana na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), o projeto de privatização da Rodoviária do Plano Piloto possibilitará diversas mudanças no terminal. Porém, o texto especifica algumas partes e locais que não poderão ser alterados pela empresa que assumir a concessão do empreendimento.

De acordo com o texto, por exemplo, serviços públicos prestados no local, como o de postos do Na Hora, deverão permanecer após a cessão à iniciativa privada.

Além disso, a empresa que ficar responsável pelo terminal não poderá cobrar nem alterar a estrutura da Galeria dos Estados nem dos estacionamentos da Galeria. As praças também continuarão abertas às manifestações populares e culturais.

Deputados aprovam projeto de privatização da Rodoviária; veja detalhes

O Metrô-DF e as estações não farão parte da concessão. Ou seja, nada referente ao Metrô poderá ser alterado pela privatização do conglomerado.

Outra promessa de continuidade é de que todos os lojistas que têm negócio na rodoviária terão prioridade para permanecer nos locais que já ocupam, com a mesma atividade e sem pagamento de taxas.

O que muda na Rodoviária

O Projeto de Lei aprovado na CLDF prevê reforma, recuperação, ampliação, gestão, operação e exploração da Rodoviária do Plano Piloto e prestação de serviços por um período de 20 anos. A concessionária pagará ao governo 4,3% da receita bruta recebida por meio das atividades.

A previsão é de que as receitas anuais cheguem a R$ 36 milhões, com exploração de publicidade, aluguéis e estacionamentos rotativos — pois a área de concessão inclui as vagas nos pavimentos inferiores e superiores, nos setores de Diversões Norte (SDN) e Sul (SDS), que passarão a ser estacionamentos pagos.

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Fotos mostram como é e como ficaria Rodoviária do Plano após reforma
Imagem aérea revela como seria vista de cima da Rodoviária do Plano Piloto após revitalização
Vista da plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto
Imagem de como ficaria a plataforma superior após revitalização
Seriam construídas duas estruturas no meio da plataforma inferior, para passageiros embarcarem no BRT
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Projeto de reforma da Rodoviária do Plano Piloto

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Fotos mostram como é e como ficaria Rodoviária do Plano após reforma

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Imagem aérea revela como seria vista de cima da Rodoviária do Plano Piloto após revitalização

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Vista da plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto

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Imagem de como ficaria a plataforma superior após revitalização

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Seriam construídas duas estruturas no meio da plataforma inferior, para passageiros embarcarem no BRT

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Fotografia do terminal rodoviário atualmente

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Projeção de como ficaria o mesmo ponto

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Fotografia da plataforma inferior da Rodoviária do Plano Piloto hoje

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Imagem do projeto de revitalização da rodoviária

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Projeto de reforma da Rodoviária do Plano Piloto

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A empresa vencedora da concessão terá que promover uma “reforma estrutural” na Rodoviária. Entre as ações, estão previstas:

  • Obras de recuperação estrutural do viaduto;
  • Obras de recuperação estrutural de reservatório Recuperação das instalações elétricas e eletrônicas;
  • Conclusão da operacionalização dos sistemas de prevenção e combate a incêndio;
  • Recuperação dos banheiros e instalações hidrosanitárias;
  • Reforma nas áreas internas do complexo (inclusive acessibilidade) e fachada das lojas Instalações mecânicas (ar condicionado, escadas rolantes e elevadores);
  • Recuperação dos estacionamentos e passeios.

Em relação ao preço das passagens, o GDF afirma que não haverá mudanças para o cidadão. “Não haverá nenhum custo ao bolso do usuário. Como o governo utiliza a tarifa técnica – que é o subsídio do valor do custo do sistema -, caso haja necessidade de revisão devido à taxa de acostagem (valor pago à futura concessionária a cada partida de ônibus) a ser paga pelas empresas de ônibus, será feita a modulação da tarifa técnica paga pelo GDF para custear”, diz o Executivo local.

Próximos passos

Com a aprovação do projeto de lei na Câmara Legislativa, completou-se o ciclo de autorizações ao projeto. O próximo passo deverá ser a nomeação da Comissão de Licitação, que vai definir prazos, critérios e conduzir o processo. A concessão será definida pela maior oferta.

Os concorrentes terão oportunidade de vistoriar o terminal para avaliar as condições. As empresas deverão apresentar documentos para habilitação e comprovar qualificação econômico-financeira para concorrer. Ainda não há data para o lançamento do edital de licitação.

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