A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) informou que a operação contra hackers que tentaram fraudar as eleições para cargos no Conselheiro Tutelar do Distrito Federal não afetará a realização do pleito, previsto para acontecer em 1º de outubro.
“O Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal (CDCA/DF) informa que a eleição para membros do Conselho Tutelar do Distrito Federal irá ocorrer normalmente em 1º de outubro”, esclareceu a pasta.
De acordo com as investigações, os ciberinfratores invadiram o site da empresa que promovia o processo eleitoral com o objetivo de atacar especificamente a segunda fase do certame.
Segundo a investigação, após os hackers invadirem as contas de determinados concorrentes – em sua maioria, candidatos à reeleição –, passaram a inserir documentos errados nos campos especificados, no intuito de ocasionar a eliminação precoce deles.
Assim, as vítimas não participariam da terceira fase, que consiste na eleição por meio de voto direto, secreto e facultativo.
“É importante dizer que a operação da PCDF trata exclusivamente de denúncia feita sobre o sistema de documentação – segunda fase do processo – questão sanada com a reabertura do prazo – ocorrida em julho – para que os candidatos incluíssem e confirmassem os documentos exigidos no edital”, ressaltou a Sejus.
A operação resultou no cumprimento de três mandados de busca e apreensão na cidade de Santa Maria, e todo o material cibernético será analisado pela Seção de Perícias de Informática do Instituto de Criminalística (IC).
Todo o processo de investigação foi realizado em conjunto com a Promotoria de Crimes Cibernéticos do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT). ” As quatro fases do processo são acompanhadas integralmente pelo Ministério Público do Distrito Federal e demais órgãos de controle, o que demonstra a transparência e legalidade do pleito”, pontuou a pasta.
O concurso para a eleição de conselheiros tutelares está marcado para 1º de outubro de 2023, das 9h às 17h. Os eleitores manifestarão seus votos de forma secreta nos locais de votação definidos pela comissão organizadora do pleito.
