“Essa greve não faz o menor sentido”, diz Ibaneis sobre paralisação de professores

Governador afirmou que negociações continuarão se sindicato "sair dessa radicalização" e reconhecer que causa "grande prejuízo à sociedade"

atualizado 08/05/2023 14:33

Compartilhar notícia
Hugo Barreto/ Metrópoles

O governador Ibaneis Rocha (MDB) criticou a greve dos professores da rede pública, que entra no quinto dia nesta segunda-feira (8/5).

“Essa greve não faz o menor sentido”, disse nesta manhã, pouco antes da abertura da Semana Nacional do Registro Civil, no Centro Pop Brasília.

A Justiça ordenou o fim da paralisação dos professores, iniciada na quinta-feira passada (4/5), mas escolas públicas do Distrito Federal seguiam fechadas ou parcialmente funcionando nesta segunda.

Ibaneis acrescentou que voltará a negociar com os docentes somente quando a greve terminar.

“Todas as portas estiveram abertas. Eles foram recebidos por várias vezes pelo secretário (de Planejamento, Orçamento e Administração) Ney Ferraz e pelo secretário Gustavo (do Vale Rocha, da Casa Civil). Então, as negociações estavam em pleno andamento e elas continuarão a partir do momento em que o sindicato sair dessa radicalização, colocar os alunos novamente nas salas de aula e reconhecer que está causando um grande prejuízo à sociedade do Distrito Federal.”

Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) informou, em nota divulgada na noite de domingo (7/5), que irá manter a greve e recorrer da decisão judicial.

7 imagens
1 de 7

Professores da rede pública do Distrito Federal entraram em greve na última quinta-feira (4/5)

Breno Esaki/Metrópoles
2 de 7

Centro de Ensino Fundamental (CEF) 214 Sul não aderiu à greve

Breno Esaki/Metrópoles
3 de 7

Escola pública

Breno Esaki/Metrópoles
4 de 7

Atividades no colégio seguem desde a semana passada

Breno Esaki/Metrópoles
5 de 7

Outros, porém, têm efetivo de até 20% de professores em sala

Breno Esaki/Metrópoles
6 de 7

Decisão judicial proibiu continuidade do movimento grevista no DF

Breno Esaki/Metrópoles
7 de 7

CEF 104 Norte tem avisos sobre a greve na entrada

Breno Esaki/Metrópoles

O governador comentou também a decisão do Sinpro-DF. “Assim como o Distrito Federal foi à Justiça buscar essa decisão que declarou a ilegalidade da greve, é um direito do sindicato também fazer o seu recurso. Mas nós temos a convicção de que a decisão judicial está muito bem fundamentada, está muito bem calcada.”

6 imagens
1 de 6

Justiça ordenou fim da greve dos professores, iniciada na quinta-feira passada (4/5)

Breno Esaki/Metrópoles
2 de 6

Diversas escolas públicas do Distrito Federal seguem fechadas ou em funcionamento parcial nesta segunda-feira (8/5)

Breno Esaki/Metrópoles
3 de 6

Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) informou, em nota divulgada na noite de domingo (7/5), que vai manter a greve e recorrer da decisão judicial

Breno Esaki/Metrópoles
4 de 6

Decisão do desembargador Roberto Freitas Filho, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), tem força de mandado

Breno Esaki/Metrópoles
5 de 6

Determinação estabeleceu interrupção do movimento grevista, sob pena de multa diária de R$ 300 mil

Breno Esaki/Metrópoles
6 de 6

Decisão judicial contra a greve atende a pedido do Governo do Distrito Federal (GDF)

Breno Esaki/Metrópoles

Multa diária de R$ 300 mil

A decisão do desembargador Roberto Freitas Filho, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), que tem força de mandado, estabelece a interrupção do movimento grevista, sob pena de multa diária de R$ 300 mil. Ela atende ao pedido de tutela de urgência do Governo do Distrito Federal (GDF).

O magistrado considerou a greve ilegal e autorizou o corte do ponto dos servidores a partir da ciência da decisão, em caso de descumprimento da ordem.

“Mães contam com o horário de permanência de seus filhos em escolas e creches para que possam trabalhar durante o dia. Por sua vez, as crianças que frequentam as escolas e creches públicas contam com as refeições que ali fazem como parte da dieta cotidiana. O atendimento dessas necessidades é, portanto, inadiável, podendo a greve comprometer gravemente esses direitos”, destacou o desembargador.

Roberto Freitas Filho também afirmou que a manutenção da greve “gera resultados imensamente mais gravosos” para os destinatários desses direitos do que os resultados pretendidos pelos grevistas com o movimento paredista.

Reajuste de 18%

As principais cobranças da categoria são melhoria dos salários e reestruturação da carreira de magistério público, com incorporação de gratificação. Na quinta-feira (11/5), os professores irão realizar nova assembleia a fim de deliberar os próximos passos do movimento grevista.

O governador Ibaneis Rocha (MDB) sancionou o reajuste de 18% para os servidores públicos do Distrito Federal, com exceção das forças de segurança, e, com isso, o salário-base dos professores da rede pública chegará a R$ 6,5 mil. O reajuste será feito em três etapas, com aumento de 6% a cada ano sobre o valor pago no ano anterior. A primeira parcela será concedida a partir de 1º de julho de 2023, com pagamento no mês seguinte.

Atualmente, segundo dados da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Administração (Seplad-DF), os professores com licenciatura plena iniciam a carreira no GDF com um piso de R$ 5,4 mil para 40 horas semanais.

Multa de R$ 3 milhões

Além de ingressar com ação para encerrar o movimento grevista atual, o GDF pediu à Justiça que intime o Sinpro-DF a pagar uma multa avaliada em R$ 3 milhões referente à greve feita em 2017.

Na execução provisória de multa, apresentada na última quinta-feira (4/5), a PGDF informou que a greve daquele ano foi declarada abusiva e houve determinação para retorno imediato dos professores às salas de aula, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.

A PGDF solicita que o Sinpro-DF seja intimado a pagar a multa em até 15 dias. O governo solicitou a aplicação de multa de 10% sobre o valor, caso o repasse não seja feito no prazo estipulado.

De acordo com levantamento da Secretaria de Educação do DF, o Sinpro-DF descumpriu a determinação judicial por 22 dias.

Compartilhar notícia
Tá bombando
Últimas notícias
  • JWPLAYER

    <div style=”position:relative;overflow:hidden;padding-bottom:56.25%”><iframe src=”https://cdn.jwplayer.com/players/yuagbah7-UoHZWlYw.html” width=”100%” height=”100%” frameborder=”0″ scrolling=”auto” title=”CBMDF combate queimada em mata próxima a Papuda.mp4″ style=”position:absolute;” allowfullscreen></iframe></div> Quer ficar ligado em tudo o que rola no quadradinho? Siga o perfil do Metrópoles DF no Instagram. Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente. Faça uma […]

  • JWPLAYER

    Aqui vai o embed: Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Compartilhar
Sair da versão mobile