Ex-assessor de Jair Bolsonaro, Tércio Arnaud Tomaz estava com o ex-presidente e sua família, em Angra dos Reis, quando a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão contra o vereador Carlos Bolsonaro nesta segunda-feira (29/1).
Tércio Arnaud manteve consigo o celular, mas teve o computador apreendido. A PF argumentou que é necessário periciar o notebook para se certificar de que o eletrônico é de fato dele e não de Carlos, alvo da operação.
Arnaud é investigado por suposta participação no chamado “Gabinete do Ódio”. O núcleo seria responsável por atacar adversários de Bolsonaro e disseminar informações falsas. O ex-presidente e Tércio Arnaud sempre negaram qualquer movimento nesse sentido.
A indicação para contratação de Arnaud para assessoria direta de Jair Bolsonaro partiu de Carlos. O ex-assessor gerenciava páginas de apoio ao ex-presidente nas redes sociais. Ele permaneceu com Bolsonaro durante os quatro anos de governo.
A operação contra Carlos Bolsonaro busca ligações do vereador pelo Rio de Janeiro com o monitoramento ilegal de autoridades a partir do acesso indevido de servidores da Agência Brasileira de Informação (Abin) ao sistema First Mile. Com um militar ligado ao vereador foi encontrado um computador da agência.
As buscas foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
