O presidente Lula enfrenta um impasse diante de nova disputa entre os rivais Arthur Lira e Renan Calheiros. É que tanto o presidente da Câmara quanto o senador brigam pelo comando de cinco órgãos federais em Alagoas.
Esses cargos são estratégicos para Lira e Renan, pois garantem o controle de verba e políticas públicas diretamente em seus redutos eleitorais. Temendo desagradar a um ou a outro, Lula ainda não definiu a chefia desses órgãos. E pisa em ovos para fazer as indicações.
Afinal, Renan Calheiros é um importante aliado. Faz parte do grupo de políticos que visitou Lula na prisão e sempre defendeu sua inocência. Na campanha, apoiou o petista desde o início.
Já Arthur Lira caminhou com Bolsonaro em 2022, mas se aproxima cada vez mais de Lula. No fim do segundo turno, quando o rumor de golpe ainda era forte, ligou para o petista e o parabenizou pela vitória.
Até o momento, Lula está mais inclinado a seguir o manual do pragmatismo. Dessa forma, planeja contemplar Arthur Lira com os cargos mais importantes. A Renan Calheiros ensaiou o que dizer: Renan Filho já ocupa o importante Ministério dos Transportes. E o próprio patriarca comanda a liderança da Maioria no Senado.
Os cinco órgãos federais em Alagoas alvo da disputa são: Porto de Maceió, Dnocs, CBTU, Codevasf e INSS.
No ano passado, Arthur Lira e Renan Calheiros travaram diferentes batalhas. Tanto nos tribunais quanto nas eleições. Na ocasião, Renan levou a melhor sobre o adversário e, além da vitória do filho ao Senado, viu o governador Paulo Dantas se reeleger na disputa contra Rodrigo Cunha, aliado de Lira.
