O ex-diretor da Abin Saulo da Cunha disse que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) não enviou informações sobre o aumento na movimentação de ônibus com direção ao Distrito Federal às vésperas do 8 de janeiro.
Cunha foi ouvido nesta terça-feira (1/8) pela CPMI que apura as invasões às sedes dos Três Poderes por bolsonaristas radicais.
Ele foi questionado pelo deputado Duarte Jr. sobre os dados oferecidos pela PRF e pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) nos dias anteriores às invasões.
“No período em que eu estive à frente da Abin, entre os dias 2 e o dia 8, nós não recebemos nenhuma informação da PRF”, declarou Cunha.
Na avaliação do ex-diretor da Abin, a ausência de informações da PRF prejudicou a avaliação quanto ao risco das invasões. “Isso, inclusive não estou aqui fazendo qualquer juízo de valor, talvez tenha causado talvez um cálculo subestimado dos ônibus que estavam vindo para Brasília”, disse.
“A ANTT tem acesso a algumas relações de ônibus, que muitas vezes os ônibus locais não são computados. Mas não não recebemos nenhuma informação da Polícia Rodoviária Federal nesse período”, observou Cunha.
