O ministro da Justiça, Flávio Dino, vai colocar a Polícia Federal (PF) em cima do senador Sergio Moro, após a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou as provas da operação Lava Jato. Moro era o juiz coordenador da Lava Jato, responsável pela prisão do presidente Lula em 2018.
“Quando o Ministério da Justiça receber oficialmente a decisão, enviarei à Polícia Federal para cumprimento da determinação de apuração de responsabilidade criminal de agentes públicos”, avisou Dino.
Para o ministro, a decisão de Toffoli “tem dois alcances”.
“Um de natureza jurídica, reafirmando a inocência do presidente Lula, indevidamente julgado sem o devido processo legal; o outro é de natureza política, na medida em que fica o registro dos absurdos perpetrados em uma página trevosa da nossa História”, disse o ministro em uma rede social.
Em sua decisão, Toffoli classificou as provas obtidas pela Lava Jato com as delações da Odebrecht como “imprestáveis” e “ilegítimas”. O ministro disse ainda que a prisão de Lula foi um “erro histórico”.
Também em suas redes sociais, Sergio Moro defendeu as provas da Lava Jato e disse ter agido “dentro da lei”.
“A corrupção nos governos do PT foi real, criminosos confessaram e mais de seis bilhões de reais foram recuperados para a Petrobras. Esse foi o trabalho da Lava Jato, dentro da lei, com as decisões confirmadas durante anos pelos Tribunais Superiores”, escreveu o senador em seu perfil no Twitter.