A perspectiva de aliança entre PT e PL em alguns municípios nas eleições municipais de 2014 faz senadores e deputados bolsonaristas ameaçarem abandonar o partido de Valdemar da Costa Neto.
Para dirigentes do PL, a rivalidade nacional entre as siglas de Bolsonaro e Lula ganha um peso menor em pleitos municipais. Não raro, arranjos locais costumam prevalecer em cidades de médio e pequeno porte.
Bolsonaristas, no entanto, repudiam negociações com o partido de Lula. Nas redes, o senador Magno Malto expressou essa revolta.
“Se o PL entrar no PT, tem que fazer a entrada pela porta do fundo, porque nós, conservadores e patriotas, sairemos pela porta da frente”, escreveu Malta.
A situação agrava a falta de unidade do partido no Congresso Nacional. Como mostrou a coluna, o deputado Marco Feliciano fez uma cobrança incisiva, no grupo de WhatsApp do partido, ao criticar o apoio de parlamentares da sigla a votações de interesse de Lula.
“Precisamos de uma vez por toda saber o que, como partido, somos! Fica confuso ter que olhar orientação de partido e oposição!! PL é ou não oposição? Não se vence a maioria? A maioria não é oposição? Por que orientação diferente?”, atacou o deputado.
