Marcas, ideias e pessoas que impactam no mundo da comunicação

Gramado Summit mira em acertos para visualizar futuro das marcas

Evento reuniu grandes nomes do empreendedorismo, inovação e tecnologia durante três dias para debater cases de sucesso e insights

atualizado 17/04/2023 15:56

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Gramado Summit/Divulgação

Principais estratégias das marcas, brand, insights, posicionamento, identidade visual e compromisso com propósitos e valores foram alguns dos temas que marcaram a Gramado Summit 2023 — uma das maiores conferências de inovação, marketing e empreendedorismo da América Latina — que ocorreu em Gramado, no Rio Grande do Sul, entre 12 e 14 de abril.

O Metrópoles esteve presente e fez a cobertura jornalística dos principais cases de inovação, empreendedorismo, marketing e tecnologia. A edição de 2024 já tem data marcada entre 10 e 12 de abril.

Na abertura da conferência, Marcus Rossi, CEO da Gramado Summit, deu boas-vindas aos presentes a um dos mais importantes eventos de empreendedorismo e inovação da América Latina. “Trabalhamos 365 dias para que pudéssemos reunir boa parte do Brasil aqui em Gramado. O evento já gerou R$ 5,2 milhões em mídia espontânea e R$ 44 milhões para o distrito de Gramado.”

Palcos

O evento, que reuniu aproximadamente 10 mil pessoas durante os três dias, contou com a participação de 385 palestrantes de diferentes setores. Além disso, a edição deste ano teve sete palcos simultâneos — Palco Principal, Hygia, Um a menos na poupança, Share, Inovação para o Setor público, Palco da Quebrada e Startups.

Todos os palcos focaram em discutir temas relacionados à empreendedorismo, inovação, marcas, marketing, comunicação em diferentes plataformas, investimentos, cases de sucesso de startups, novas tendências, tecnologia, diversidade, finanças e investimentos.

Ana Brum, brand strategy lead da FutureBrand, por exemplo, elencou diversas estratégias de marcas globais que podem ser utilizadas em negócios locais. Na ocasião, a executiva afirmou que “as pessoas começaram a entender que ter só um logo ou uma identidade visual não são mais suficientes para diferenciar uma marca. Criar uma do zero é ter um conjunto de expressões que vão diferenciar um negócio do outro”.

Em seguida, a profissional elencou quatro ações de marcas globais, como estratégias de marca, de cultura, de comunicação e de experiência.

“Uma pesquisa da PWC mostrou que um cliente abandona uma marca por ter uma única experiência ruim. Ou seja, você tem uma chance só de ganhar um cliente. Não adianta nada investir em campanhas, tráfego pago ou e-mail marketing se não se consegue construí-las e solidificá-las no mercado”, cravou.

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Evento focou em discutir insights e cases de empreendedorismo

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Espaço reuniu mais de 10 mil pessoas durante os três dias da Gramado Summit

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Em espaço instagramável, público pode registrar fotos da experiência proporcionada pela Gramado Summit

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Ao todo, a Gramado Summit reuniu 385 palestrantes de diferentes áreas de atuação

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A Gramado Summit também serviu para fazer muito networking e trocar experiências

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Vantagens em inovar no setor público foi tema de palco

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Entre uma palestra e outra, participantes puderam relaxar

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Neste ano, o evento trouxe no Palco da Quebrada cases de empreendedorismo social

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Palco Principal do evento reuniu representantes de grandes marcas

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Espaço de credenciamento da Gramado Summit

Gramado Summit/Divulgação

Mercado de influência

É claro que o mercado de influenciadores digitais não podia ficar de fora da Gramado Summit. O tema foi abordado no Palco Share por Pedro Gazzola, CEO da Roda Digital, Stenio Girardelli (Lactea), criador de vídeo; Guilherme Ibanes e Otavio Lima, ambos criadores de conteúdo; e mediação da jornalista Alexandra Zanela, cofundadora da Padrinho Conteúdo e Assessoria.

Segundo Gazzola, ao longo deste ano de 2023 as marcas possivelmente estarão mais focadas em conteúdos com identidade e nichados. “Muitas vezes, marcas e creators não têm feat. Porém, as marcas já entendem que a criação de conteúdo tem um valor. Antigamente para anunciar, era necessário ir para a TV. Hoje, a produção de conteúdo é feita nas redes sociais, atingindo públicos nichados”, explicou.

Lactea contou, na ocasião, como começou a gravar vídeos para a internet e foi categórico ao apontar que número de seguidores nas redes sociais não é o mais importante. “Às vezes, a pessoa tem muito seguidor, mas o público dela não é nichado. Não confundam quantidade com ganhar mais dinheiro ou fechar mais publis.”

Brasil real

Outro tema de bastante destaque foi o Brasil real, abordado por Felippe Guerra, diretor-executivo da Mynd, agência de Marketing de Influência. O profissional apresentou características e a definição de um Brasil real, que é o país do meme, do pagode e da Xuxa. 

“Todos aqui assistiam a uma novela da Globo apenas mostrando o Leblon e a Helena. Dessa forma, muitos outros artistas gigantescos, por exemplo, ficaram escondidos e inúmeras pessoas começaram a não se ver nesses conteúdos”, assegurou.

Guerra também dividiu as experiências dele e o que tem vivido no mercado, principalmente quando atuou no ramo de Trade Marketing e em empreendimentos fora do Brasil.

“Quando retornei ao país, após morar no exterior, percebi que o poder da nossa população é muito grande e temos um continente com inúmeros polos, fator que gera um potencial gigantesco de negócios para a construção de conteúdos riquíssimos”, garantiu o executivo.

Desde o retorno ao Brasil, o publicitário contou que tem se dedicado à distribuição de histórias reais pela Mynd e na Brasis, consultoria que levanta a bandeira do país real no mercado de comunicação.

Criatividade

“É fato que a criatividade está ligada à inovação, ou seja, é um processo que tem começo, meio e, muitas vezes, não tem fim. Ela não é um monopólio, pois virá de todos os lugares”, definiu Amanda Mayumi, cofundadora da Escola de RP e do Coletivo Todo Mundo Precisa de um RP, durante a palestra dela na Gramado Summit sobre o tema. 

Amanda ressaltou que não existe criatividade se não tiver repertório por trás e que ela não vem do nada. Segundo a empreendedora, esse tipo de inovação depende bastante dos estímulos internos e externos a partir de informações diferentes que, ao conectá-las, o criativo adquire mais conhecimento em outros assuntos.

O que torna uma marca interessante?

Esse tema também foi debatido durante a conferência por Daniele Lazzarotto, diretora de estratégia na Cordão, consultoria de branding; Eduardo Lorenzi, CEO da agência Publicis Brasil; Paulo Braga, CEO da agência Daxx Omnimedia; e mediação de Rafael Martins, CEO da Share, empresa de educação.

O CEO da Publicis Brasil ressaltou que é necessário estar antenado nos assuntos que estão sendo discutidos o tempo inteiro pela sociedade e estar ligado na tecnologia, fator que ensinou muita coisa para o mercado de comunicação como um todo. “Há dois anos, o planejamento de agências ficou a desejar. Hoje, por exemplo, é impossível pensar em conteúdos sem o TikTok”, analisou.

“Vemos muitas oportunidades, pois há algumas décadas seria inimaginável marcas nativas digitais construírem reputação em tão pouco tempo com uma estratégia assertiva. Então, a partir do momento que se tem as redes sociais, as marcas saberão dialogar com o consumidor e não ditar regras do que ele consumirá”, pontuou Daniele Lazzarotto.

Lorenzi citou o TikTok pelo fato de a rede social ser praticamente uma potência de faturamento em termos de receita publicitária, fazendo com que as marcas invistam cada vez mais na plataforma para disseminar conteúdos.

Marcas do futuro devem ser interessantes sem ser interesseiras e, ao contrário de outras, não podem só vender produtos. Trata-se de se preocupar com a sustentabilidade e de se aproximar dos clientes. Esse foi um ponto em comum defendido pelos convidados.

Batalha de startups

Promovida por meio de uma parceria entre a organização da Gramado Summit e a aceleradora Ventiur, a batalha de startups teve como objetivo conceder um aporte de R$ 200 mil para ajudar empresas iniciantes a saírem do papel.

Neste ano, a grande vencedora da competição foi a Alia Inclui, startup que tem como foco oferecer soluções para pessoas com deficiência visual ou baixa visão utilizando a tecnologia para facilitar processos de compras.

“A Gramado Summit foi o nosso primeiro evento, e todo esse processo foi de muita superação e aprendizado. Os questionamentos, as avaliações. Tudo isso no faz crescer muito. Estamos muito gratos”, comemorou Tatiana Duarte, CEO e fundadora da Alia.

Gabrielly Balsarin, Head de Aceleração da Ventiur, afirma que a aceleradora teve recorde de inscrições para essa edição da Batalha de Startups. “Foram 67 startups expositoras inscritas, onde avaliamos potencial de mercado, equipe e modelo de negócios. No primeiro dia, foram 18 startups, no segundo 10 e, no terceiro dia, cinco startups para competir na grande final. Entre essas, tivemos a ESG Now como segunda colocada e a Alia Inclui como vencedora. Este ano decidimos que a segunda colocada ganharia uma premiação, por meio de uma parceria com a 49 Educação, um processo de aceleração, para que todos possam ter um negócio bem estruturado.”

Espaço especial do Metrópoles

Desde o primeiro dia da Gramado Summit, o Metrópoles entregou matérias e conteúdos para as redes sociais exclusivos de dentro do evento, além do videocast “Nasce uma Ideia” – produzido em parceria com a Star Produtora. Alguns episódios já estão disponíveis e o restante será publicado no decorrer dos próximos dias.

Dentro do evento, o Portal montou um verdadeiro estúdio para entrevistar grandes nomes do empreendedorismo. O espaço também reuniu vários participantes da conferência devido ao ambiente relaxante e funcional.

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Público da Gramado Summit teve acesso ao conteúdo do Metrópoles em espaço exclusivo

Gabriela Prado/Metrópoles
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O local também serviu para o descanso e a recarga de celular dos presentes

Gabriela Prado/Metrópoles

 

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