O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), foi orientado por aliados a endurecer o discurso diante do apagão que afeta milhares de famílias na capital paulista desde a sexta-feira (3/11).
O conselho é para que ele “vá para cima” tanto da Enel, concessionária que fornece energia em São Paulo, quanto da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), autarquia federal responsável por fiscalizar as distribuidoras.
“Ele vai ajustar o posicionamento. Tem que ir pra cima da Aneel e da empresa (Enel), que faz merda (sic) e não tem responsabilidade com o povo”, avaliou um importante cacique do MDB, sob reserva.
Nos bastidores, aliados do prefeito avaliam que ele “errou feio” na condução da crise até agora. Uma das principais críticas é ao fato de Nunes ter ido para o GP de Fórmula 1 em Interlagos, no fim de semana.
Pedindo anonimato, uma influente liderança do MDB que tem boa interlocução com prefeito chegou a descrever a atuação de Nunes durante a crise do apagão como um “desastre”.
A avaliação é de que a postura passiva do prefeito dá “munição” para ele ser atacado por seus adversários nas eleições municipais de 2024, quando Nunes disputará reeleição.
