O PL protocolou nessa terça-feira (30/5), na Câmara, representação que pede a cassação de seis deputadas federais por elas terem xingado Zé Trovão (PL-SC) e outros parlamentares da oposição durante a votação da urgência do PL do marco temporal, no último dia 24 de maio.
A representação é assinada pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O documento pede que o Conselho de Ética julgue as deputadas Célia Xakriabá (PSol-MG), Érika Kokay (PT-DF), Fernanda Mechionna (PSOL-RS), Juliana Cardoso (PT-SP), Sâmia Bonfim (PSOL-SP) e Talíria Petrone (PSOL/RJ), todas da base do governo Lula.
Na acusação, o PL alega que, durante a votação da urgência, as deputadas começaram a gritar contra deputados de oposição, especialmente Zé Trovão, autor do requerimento de urgência, chamando-os de “assassinos”. Os xingamentos foram gravados pela TV Câmara e por parlamentares.
“Conforme é possível de se verificar da gravação da Sessão Plenária disponível no canal da TV Câmara no Youtube1, no período de 07:20:30 até 07:21:38 das 07:27:22 da sessão total de transmissão, enquanto o referido parlamentar discursava, as deputadas, ora representadas, passaram a gritar no microfone as expressões: ‘…Assassinos! Assassinos do nosso povo indígena! Vocês são assassinos do nosso povo! E você está colocando esse projeto contra o nosso povo indígena. Assassinos!…’, momento em que a Mesa cortou o microfone, o que não impediu que o grupo permanecesse gritando ofensas a deputados da oposição ao governo”, diz a representação.
Além da quebra de decoro, o PL alega, no documento, que as seis deputadas cometeram o crime de injúria, ao acusar a oposição de assassina. O partido também sustenta que a imunidade parlamentar “não representa chancela para o cometimento de crimes e abusos”.