De campos políticos totalmente opostos, caciques bolsonaristas e Guilherme Boulos (Psol-SP) fizeram uma avaliação parecida sobre uma declaração do do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) sobre as causas do apagão que atinge São Paulo há dias.
Tanto para Boulos quanto para aliados de Jair Bolsonaro, Tarcísio aproveitou a situação para fazer críticas indiretas. Primeiro, ao prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB). Segundo, ao grupo político do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto,
Em coletiva de imprensa na segunda-feira (7/11) ao lado de Nunes, Tarcísio disse que a “questão arbórea” seria o grande motivo para o apagão. Segundo ele, a falta de “manejo adequado” foi responsável pela queda de árvores na capital paulista, causando a falta de energia.
Na avaliação de Boulos e de bolsonaristas, a fala do governador foi uma indireta para Nunes porque a poda de árvores é responsabilidade da prefeitura. Por tabela, também para o grupo político de Valdemar, que controla a Secretaria de Verde e Meio Ambiente, responsável pela poda.
A pasta é comandada atualmente pelo Rodrigo Ravena. Ele foi indicado ao cargo pelo deputado federal Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP), um dos parlamentares mais próximos de Valdemar e cujo nome tem sido defendido pelo presidente do PL para vice de Nunes em 2024.
“Tarcísio coloca a culpa na gestão de Ricardo Nunes por não ter feito adequadamente a poda das árvores e Nunes coloca a culpa na gestão Tarcísio por não ter regulado e fiscalizado corretamente a Enel por meio da Arsesp”, escreveu Boulos nas redes sociais, na terça-feira (7/11).
As chuvas que atingiram São Paulo desde a sexta-feira (3/11) causaram pelo menos oito mortes já confirmadas e causou apagão. Na terça-feira (7/11) pela manhã, mais de 200 mil pessoas continuavam sem energia elétrica, conforme noticiou o Metrópoles.
