O governo Lula ainda não decidiu se incluirá a Ferrogrão, projeto de R$ 21 bilhões e alvo de controvérsias, no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no próximo mês. Integrantes da Esplanada apontam que o tema é sensível.
A Ferrogrão ligaria Sinop (MT) ao porto de Itaituba (PA). Por um lado, ambientalistas e defensores de povos indígenas apontam risco a uma unidade de conservação ambiental e terras indígenas, tema sensível para os ministérios dos Povos Indígenas e do Meio Ambiente. Por outro, trata-se de um pleito antigo para escoar a produção agrícola nos portos do norte do país e que diminuiria a dependência dos carregamentos em caminhões, mais poluentes.
O caso chegou ao STF em 2020, quando o PSol questionou mudanças feitas na gestão Temer nos limites do Parque Nacional do Jamanxim em prol da ferrovia. Em maio deste ano, o ministro Alexandre de Moraes ordenou a retomada dos estudos técnicos sobre a ferrovia, que só passarão à etapa de obras com nova decisão do tribunal. A Advocacia-Geral da União busca um acordo judicial sobre a controvérsia.
