Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

Exército relutou em conter golpistas no Planalto no 8/1, diz documento

Documento da PM do DF enviado à CPI é mais um a desmentir inquérito do Exército que livrou a própria tropa de responsabilidade

atualizado 08/09/2023 10:09

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Um documento da Polícia Militar (PM) do Distrito Federal afirmou que militares do Exército resistiram em conter os golpistas que haviam invadido o Palácio do Planalto durante o 8 de janeiro. O relatório, enviado à CPI do 8 de Janeiro e obtido pela coluna, é mais a desmentir um inquérito do Exército que livrou a própria tropa de responsabilidade.

As informações foram produzidas pela PM em 12 de janeiro, quatro dias após as sedes dos três Poderes serem saqueadas em Brasília. Nesse material, a corporação fez um balanço detalhado da operação, que contabilizou 19 policiais feridos.

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Extremistas conseguiram entrar no Palácio do Planalto

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Manifestantes quebraram as janelas

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Extremistas quebram móveis do interior do Palácio

Felipe Torres/Metrópoles
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Vídeo mostra estrago causado no interior do prédio

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Há gavetas reviradas e armários depredados

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Congresso Nacional e STF também foram invadidos

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O comandante do Batalhão de Policiamento de Choque (BPChoque) da PM, Calebe Teixeira, relatou como foi a entrada da tropa no Planalto, tomado por extremistas:

“Ainda que com uma certa resistência por parte de militares do Exército que estavam no interior do edifício [Planalto], foi emanada a ordem para que todos os que ali estavam cessassem com a baderna”, afirmou, acrescentando que em seguida os PMs deram ordem de prisão aos invasores.

A versão do PM é reforçada por diversos elementos, como mostrou a coluna. No mês passado, policiais militares afirmaram à Justiça que soldados do Exército fugiram do Planalto enquanto o prédio era depredado. Um vídeo mostra que um PM deu dez ordens em 40 segundos aos soldados do Exército no Planalto, que seguiram apáticos. Há ainda um servidor que narrou à Polícia Federal que militares do Exército confraternizaram com os extremistas.

Procurado, o Exército afirmou que prestará esclarecimentos sobre o 8 de janeiro “exclusivamente aos órgãos competentes pelas apurações”.

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