Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

PMs acusam Exército na Justiça de impedir acesso ao Planalto no 8/1

Em depoimentos à Justiça, policiais militares disseram que soldados do Exército fugiram enquanto o Palácio do Planalto era saqueado

atualizado 04/08/2023 21:41

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Policiais militares afirmaram à Justiça que soldados do Exército tentaram impedi-los de entrarem no Planalto durante o 8 de janeiro e até fugiram do local enquanto o palácio era depredado. Os depoimentos foram colhidos em julho, no âmbito de um processo na Vara de Auditoria Militar do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).

Os relatos foram citados em uma decisão do último dia 2, quando o TJDFT absolveu o segundo-tenente da PM do DF Marco Teixeira pelo crime de lesão leve. O juiz atendeu a um pedido do Ministério Público do DF.

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Extremistas conseguiram entrar no Palácio do Planalto

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Manifestantes quebraram as janelas

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Extremistas quebram móveis do interior do Palácio

Felipe Torres/Metrópoles
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Vídeo mostra estrago causado no interior do prédio

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Há gavetas reviradas e armários depredados

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Congresso Nacional e STF também foram invadidos

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Teixeira disse no depoimento que “assumiu o comando do pelotão do Exército, uma vez que eles estavam correndo do local”. O tenente Diego Alves, por sua vez, apontou “resistência de militares do Exército para que os policiais entrassem no edifício”. Já o major Gustavo Cunha relatou que, apesar de o Exército estar dentro do Planalto, “quem controlou a situação foi a PM”, e que todas as prisões foram feitas pela polícia.

Os depoimentos reforçam as contradições de um inquérito militar em que o Exército isentou as tropas de responsabilidade nos atos golpistas. A conclusão dos militares também não para em pé se confrontada com um vídeo em que um PM deu 10 ordens em 40 segundos aos soldados do Exército no Planalto, que seguiram apáticos.

Há ainda um depoimento de um servidor à Polícia Federal que narrou diversos momentos em que militares do Batalhão da Guarda Presidencial, do Exército, confraternizaram com os extremistas e agiram pacificamente enquanto a sede do Executivo era saqueada.

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