A deputada estadual Marina Helou, da Rede de São Paulo, abriu conversas com outras parlamentares da Assembleia Legislativa (Alesp) para implementar no estado o protocolo No Callem (Não Vamos Nos Calar, na tradução livre), que possibilitou a prisão do jogador Daniel Alves em Barcelona.
As deputadas buscarão entidades de estabelecimentos privados e organizações da sociedade civil para estudar a viabilidade do protocolo em São Paulo. A ação pode resultar em um projeto de lei ou em um protocolo independente.
Marina Helou é representante da Procuradoria da Mulher na Alesp. Ela diz que a experiência poderá ser replicada no Brasil se for bem-sucedida em São Paulo.
Os estabelecimentos teriam de treinar os funcionários para prevenir, identificar e lidar com possíveis casos de violência contra a mulher.
Criado em 2018, o No Callem foi adotado por 40 estabelecimentos de Barcelona e aplica medidas específicas para combater a violência contra a mulher. A boate Sutton, onde Daniel Alves teria estuprado uma mulher de 23 anos, seguiu o protocolo com rigor.
A advogada da mulher que acusou Daniel Alves relatou que a jovem deixou a boate em uma ambulância, direto para um hospital de referência, e que a polícia teve acesso às câmeras de segurança assim que foi acionada. Os funcionários que atenderam a mulher foram treinados seguindo o protocolo.