Após Felipe Prior ser condenado a 6 anos de prisão, em regime semiaberto, por estupro, uma vítima do ex-BBB deu detalhes sobre o episódio que motivou a denúncia, em entrevista ao Fantástico, neste domingo (16/7). Ela contou que revolveu procurar a polícia após ver que outras mulheres também haviam sido vítimas do arquiteto.
“Sempre vai ser uma ferida aberta”, começou a mulher de 31 anos, que teve a identidade preservada pelo jornalístico.
De acordo com o relato da vítima, Felipe Prior teria oferecido carona a ela e uma amiga durante uma festa da universidade. Na época, a então estudante tinha 22 anos.
Quando os dois ficaram a sós no carro, Prior começou a tirar a roupa dela e ignorou os pedidos para que parasse. Ele só interrompeu o ato quando percebeu uma poça de sangue, formada a partir de uma fissura na vagina da arquiteta.
Ela chegou a ir ao hospital acompanhada da mãe, mas não denunciou Prior na época por vergonha. “Eu fui escondendo isso de mim mesma, evitando lidar com essa situação… Eu achava que ia conseguir apagar isso da minha vida, mas isso nao aconteceu”, justificou.
A mudança de chave veio apenas em 2017, quando o movimento Me Too começou a se popularizar. “Consegui conversar com minhas amigas sobre isso. Foi quando realmente caiu ficha que não era minha culpa, e que ele tinha me estuprado”.
Quando Felipe Prior apareceu na TV três anos depois, como um dos participantes do BBB20, a arquiteta levou um choque. “Eu tive uma crise de ansiedade nesse dia. Vi o rosto dele pela primeira vez em muitos anos. Eu só decidi denunciar tudo o que aconteceu depois que eu comecei a receber das minhas amigas prints de tuítes de outras mulheres falando que tinham sido abusadas e violentadas por eles”, revelou.
