Em 2023, os protagonistas do noticiário não foram apenas os seres humanos. Acontecimentos envolvendo animais surpreenderam, chocaram e cativaram o público. De façanhas inusitadas, casos de maus-tratos até as conquistas de direitos, veja momentos em que os bichos se tornaram as estrelas das manchetes.
Momentos engraçados e emocionantes
Em novembro, um macaco foi flagrado tomando energético no campus da Universidade Federal de Goiás (UFG). Na foto, o animal aparece segurando uma lata da bebida. A publicação atingiu mais de 125 mil visualizações nas redes sociais e motivou uma série de piadas sobre o intuito do primata. “As provas finais chegando”, escreveu uma pessoa.
Em outubro, uma gata, de 4 meses, sobreviveu a uma explosão na casa onde morava, no condado de Isanti, no estado do Minnesota (EUA). Miss Piggy, como é chamada, foi encontrada pelo dono do imóvel oito dias após o acidente.
A felina estava em péssimas condições, com queimaduras nas quatro patas, no focinho e nas orelhas. Além disso, teve os pulmões prejudicados devido à quantidade de fumaça inalada. Apesar dos ferimentos, Miss Piggy se recuperou.
Em julho, uma cadela emocionou amigos e familiares durante o velório do tutor. Luan morreu aos 21 anos em um acidente de trânsito, em Crateús, no interior do Ceará. A cachorrinha de estimação do jovem, visivelmente abatida, acompanhou o velório durante todo o tempo e foi fotografada ao lado do caixão, deitada no tapete. A imagem viralizou na web. “O amor de um animal é o mais puro e verdadeiro que existe”, afirmou um dos amigos de Luan à época.
Em março, um bezerro nasceu com uma mancha que chamou a atenção. Batizado de ‘Happy’, ele carrega um sinal que parece um rosto sorridente. Ele mora na região de West Gippsland, na Austrália, em uma fazenda de laticínios.
Histórias de maus-tratos que chocaram o Brasil
Em 30 de novembro, um homem acabou preso em São Sebastião, no Distrito Federal, depois de tentar matar o próprio cachorro, que estava doente, a machadadas. O agressor confessou o crime e alegou que o cachorro estava com hanseníase, e não conseguia andar; por isso, atacou o animal com um machado. Apesar da brutalidade, o cachorro sem raça definida sobreviveu.
Em Goiânia (GO), uma jovem, de 23 anos, acabou presa em flagrante pelo crime de maus-tratos a animais com resultado de morte, após denúncia pelo 197. Segundo informações da Polícia Civil, no local indicado, havia 16 cães em meio a muita sujeira, ração espalhada pelo chão e fezes. Um animal estava morto, e os demais, sem água.
Um dos filhotes morto chegou a ser comido pelos outros animais. Ainda segundo os agentes que participaram da ocorrência, os cachorros não tinham um local coberto para se abrigarem e alguns estavam desnutridos.
O caso ocorreu em julho.
Em maio, um aposentado do TJDFT espancou uma cadela em um restaurante na Asa Norte, no Plano Piloto, Distrito Federal. O técnico Jesus Isamar Guimarães, 72, foi preso depois de ser flagrado agredindo o animal, que é da filha.
De acordo com o laudo feito por um profissional de saúde animal, a cadela, que se chama Luna, apresentou lesões no pescoço, na região abdominal e do lado esquerdo da pelve. Luna também tinha desconforto na região da cabeça e do tórax.
Leis em pauta
Em janeiro, o deputado federal Matheus Laiola (União) propôs um projeto de lei que visa reconhecer a família multiespécie como entidade familiar. De acordo com o projeto, tutores de animais de estimação poderiam recorrer à Justiça em casos de disputa de guarda e acordos de pensão alimentícia.
“Não se trata, evidentemente, de igualar filhos humanos e filhos não humanos ou de conferir-lhes os mesmos direitos. Trata-se de reconhecer que os animais de estimação também são considerados membros das famílias, merecendo a proteção devida nesse sentido”, diz o texto.
Em agosto, a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou projeto de lei (PL) que proíbe a venda de animais em petshops e sites. Além disso, a proposta obriga os criadores a cumprirem o Cadastro Estadual do Criador de Animal (Ceca). Entretanto, em outubro, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), vetou a norma.
Tarcísio justirficou que o projeto feria princípios da livre iniciativa. Para substituir a proposta, ele enviou à Alesp um projeto com o objetivo de regulamentar a comercialização de cães e gatos.
Em março, o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea) proibiu o uso de animais vertebrados, exceto seres humanos, em pesquisas científicas e no desenvolvimento e controle da qualidade de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes.
A determinação do órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) está em vigor e foi publicada no Diário Oficial da União naquele mês.
