A primeira-dama Rosângela Silva, conhecida como Janja, comemorou, nesta quarta-feira (1º/2), a reeleição do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), como presidente do Senado. Em uma live nas redes sociais, Janja comentava os atos de 8 de janeiro, quando bolsonaristas golpistas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Na transmissão, ela lembrou de quando, no dia seguinte, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desceu a rampa do Palácio do Planalto acompanhado da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, e do Senado, Rodrigo Pacheco.
“Foi muito importante o dia seguinte, onde todos se reuniram pela democracia, em defesa da democracia. A gente desceu a rampa e aí acho que a gente apaga um pouco também do que foi a imagem do que eles fizem no domingo, quando o presidente Lula, de braços dados com a presidente do STF, com o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, que acabou de ganhar a eleição, a gente acabou de receber a informação aqui. Amém. Mais uma derrota para eles”, afirmou Janja, fazendo referência aos bolsonaristas.
Janja ressaltou que o dia 8 de janeiro precisa ficar na memória dos brasileiros, mas também é preciso “retomar aquela alegria da posse”, pois é preciso “seguir em frente”.
“A gente [Janja e Lula] chegou de viagem, veio aqui para o Planalto, eu chorava aqui nos corredores porque não estava acreditando que uma semana antes a gente estava tendo aquele simbolismo todo na rampa e, no dia 8, aqueles canalhas, aqueles vândalos, aqueles bandidos, fizeram o que fizeram na rampa do Planalto.”, pontuou.
49 x 32
Pacheco foi reeleito com 49 votos. Ele seguirá no comando do Senado por mais dois anos, até 2025. Seu adversário na disputa, Rogério Marinho (PL-RN), recebeu outros 32. Não houve votos em branco.
O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) também estava na disputa mas, para fortalecer Marinho, retirou sua candidatura minutos antes da votação ter início.
Para um candidato ser eleito presidente do Senado é preciso que ele tenha maioria absoluta dos votos, ou seja, o apoio de pelo menos 41 dos 81 senadores.
A disputa no Senado refletiu a polarização política no país, que se estende desde as eleições de 2018 e se fez presente no pleito do ano passado. De um lado, aliados do presidente Lula apoiaram a reeleição Pacheco. Do outro lado, bolsonaristas apoiaram Marinho. Apesar de estar dos Estados Unidos, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) articulou votos para o seu candidato.
Com o apoio de siglas como PT, MDB, PSD, PDT e de alguns nomes do União Brasil, Pacheco era o favorito na disputa à presidência. No entanto, o senador precisou contar votos para vencer Rogério Marinho, que teve apoio do PL, PP e Republicanos.