Mais da metade dos refugiados no Brasil estão desempregados, diz Acnur

Pesquisa aponta que refugiados no Brasil enfrentam diversas dificuldades, como barreiras pelo idioma, falta de oportunidades e discriminação

atualizado 24/10/2023 17:49

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Imagem colorida mostra cenas após naufrágio com barco de refugiados na Grécia - Metrópoles Konstantinos Zilos/NurPhoto via Getty Images

Um levantamento realizado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) mostra que 55,7% dos refugiados no Brasil estão desempregados.

A pesquisa mostra ainda que 16,3% dos refugiados no Brasil estão atuando de maneira informal, outros 14,9% de maneira formal e 10% não estão trabalhando nem procuram emprego.

Os dados fazem parte do estudo “Mercado de Trabalho para Pessoas Refugiadas no Brasil” e foram divulgados nesta terça-feira (24/10). A pesquisa foi feita em parceria com o Colettivo, a divisão de inclusão da Vagas.com, e o Fórum Empresas com Refugiados e a Belgo Arames.

A pesquisa mostra ainda que 55,4% dos refugiados que estão trabalhando não atuam nas suas áreas de formação ou experiência.

“Isso revela um grande espaço para inclusão e desenvolvimento, considerando que a realização pessoal e profissional muitas vezes está ligada à atuação na área de expertise”, afirma Renan Batistela, especialista em diversidade, equidade e inclusão na Vagas.com.

“São profissionais excelentes, alguns com vasta experiência na área de atuação em seus países de origem, mas ao chegarem no Brasil, eles têm grandes dificuldades para se recolocar no mercado, sendo uma das principais o preconceito”, completa Batistela.

Desafios

O levantamento destaca que 41,2% dos refugiados enfrentam dificuldades no processo de inserção ao mercado de trabalho. Entre essas dificuldades estão o idioma, a falta de acesso a oportunidades, a discriminação e obstáculos na revalidação de diplomas.

“Apesar da experiência e formação profissional, ainda observamos muitos desafios na inclusão efetiva de pessoas migrantes e refugiadas no ambiente de trabalho no Brasil. As barreiras na revalidação de diploma, em geral, impedem que eles sigam na carreira em que possuem expertise. Incentivamos as empresas a notarem estes talentos e desenvolver políticas internas de fortalecimento de competências deste público”, reforça Angela Mota, gerente nacional do Projeto Ven, Tú Puedes da ONG Visão Mundial.

Além disso, a pesquisa aponta que 67,8% dos refugiados disseram que não sofreram discriminação explícita no ambiente de trabalho e outros 26% afirmaram que foram vítimas de preconceito.

A pesquisa foi realizada por meio de um formulário digital e entrevista presencial. Ao todo, foram ouvidas 289 pessoas refugiados dos seguintes países: Venezuela, República Dominicana, Colômbia, El Salvador, Cuba, Haiti, Angola, Nigéria, Moçambique, Marrocos e Afeganistão.

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