Afegãos refugiados serão transferidos em agosto, diz secretário nacional de Justiça

Botelho não deu mais detalhes sobre o novo destino dos afegãos, mas garantiu que o governo tem um plano de acolhimento a longo prazo

atualizado 28/07/2023 20:20

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Imagem colorida do advogado Augusto de Arruda Botelho. Ele sorri para o público, usando terno azul marinho e uma camisa azul clara, sem gravata - Metrópoles Reprodução/Twitter

O secretário nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho, afirmou nesta sexta-feira (28/7) que os refugiados afegãos que estão em uma colônia de férias na Praia Grande, litoral de São Paulo, vão ser transferidos para outro local já no mês de agosto.

Em visita ao local, Botelho não deu mais detalhes sobre o novo destino do grupo, mas confirmou que a intenção é levar essas pessoas para outro centro de acolhimento “que está sendo montado neste momento no Estado de São Paulo, em outra cidade”. Em entrevista ao Metrópoles, ele disse o novo local não será no litoral paulista, mas ficará perto da capital.

Os refugiados estão desde o início de julho na colônia do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêutica. O local foi o primeiro abrigo dos afegãos desde que desembarcaram no país e passaram dias dormindo no Aeroporto de Guarulhos.

De acordo com Botelho, a Secretaria Nacional de Justiça tem um plano de acolhimento a longo prazo para os refugiados, já que, segundo ele, “o fluxo de afegãos continuará”.

O secretário nacional de Justiça disse ainda que houve uma força-tarefa do governo federal com auxílio da prefeitura de Praia Grande e do governo estadual para garantir o acolhimento necessário aos refugiados, com tratamento emergencial de saúde e obtenção de documentos. Na opinião dele, a falta destes serviços colabora para que grande parte dos refugiados busque outros países.

“E nessa rota, ele acaba sendo preso, morre. Isso não é o acolhimento, é colocar em risco uma pessoa”, explicou Augusto de Arruda Botelho.

Para Botelho, o trabalho que vem sendo realizado no litoral de São Paulo deve servir de exemplo. “O que aconteceu aqui em Praia Grande é um exemplo do que a gente quer ver refletido em outros locais do país. A pessoa chega, retira o documento, tem o tratamento de saúde, tem a possibilidade de procurar um emprego, com documentação”, completou.

Entre janeiro do ano passado e abril deste ano, mais de 6 mil afegãos entraram no Brasil, segundo dados do Sistema de Tráfego Internacional, da Polícia Federal, compilados pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).

O alto fluxo migratório provocou uma crise humanitária, com falta de vagas em abrigos para atendimento de toda a população. À espera do encaminhamento, os afegãos improvisaram camas e barracas no chão do aeroporto, e não têm acesso a banhos.

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Mulheres afegãs filmam movimentação no Aeroporto de Guarulhos

Guilherme Gandolfi
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Membros da Acnur falam com refugiados sobre ida ao litoral paulista

Guilherme Gandolfi
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Mulher afegã espera ônibus que vai levá-la para litoral paulista

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Refugiados afegãos guardam malas em bagageiro de ônibus

Guilherme Gandolfi
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Funcionários usam roupa especial para limpar corredor onde refugiados afegãos que tiveram sarna estavam acampados.

Reprodução / Redes sociais
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Corredor do Aeroporto de Guarulhos fica vazio após saída de refugiados

Reprodução / Redes sociais

Em meio à situação de vulnerabilidade, um surto de sarna chegou a atingir os refugiados. Depois disso, o Ministério da Saúde criou um grupo de trabalho para discutir a saúde desta população.

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