O ator e ativista norte-americano Leonardo DiCaprio usou seu perfil no Twitter nesta quinta-feira (8/6), para protestar contra a aprovação do projeto de lei (PL) 2.903/23, conhecido como Marco Temporal, no Senado Federal.
“Se o Senado do Brasil aprovar o PL 2903 , será catastrófico para a Amazônia, os povos indígenas que vivem lá e nosso planeta”, escreveu o artista que tem se posicionado a favor dos povos indígenas brasileiros.
DiCaprio também compartilhou um link para uma petição on-line e mencionou o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Marco Temporal
A Câmara dos Deputados aprovou no final de maio o PL 490/07, que prevê que os povos indígenas só terão direito a demarcadas as terras ocupadas até a promulgação da Constituição, em 5 de outubro de 1988. O texto teve uma rápida tramitação na Casa para demonstrar o entendimento do Legislativo enquanto a tese jurídica seria discutida no Supremo Tribunal Federal (STF).
Por outro lado, o presidente Rodrigo Pacheco anunciou publicamente que o projeto não terá tramitação de urgência para agilizar o processo de votação do texto na Casa.
Além de determinar o Marco Temporal nas terras indígenas, o projeto de lei também autoriza a exploração de recursos naturais, como garimpo, dentro dos territórios protegidos e também o contato com comunidades de recente contato.
DiCaprio e a Amazônia
Não é a primeira vez que o ator norte-americano se manifesta a favor da Amazônia e dos povos indígenas brasileiros. Durante o Festival de Cannes, na França, DiCaprio se encontrou com a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara (PSol-SP).
Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) DiCaprio se posiciona contra a gestão ambiental do então chefe do Executivo e alertou o mundo sobre o aumento dos incêndios na Amazônia.
No ano passado, antes da campanha eleitoral, o ator norte-americano compartilhou uma animação do MapBiomas que mostra o avanço do desmatamento na floresta amazônica. “De acordo com este mapa da @mapbiomas, a região tem enfrentado um ataque de desmatamento ilegal nas mãos da indústria extrativa nos últimos 3 anos”, escreveu.
