O ex-PM Élcio de Queiroz contou na Justiça detalhes sobre o momento da execução da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, na noite de 14 de maio de 2018. O depoimento do delator foi registrado em vídeo.
“Naquele momento, eu só escutei a rajada e senti que caíram cápsulas em mim. Ao terminar a rajada, ele (Ronnie Lessa) disse: ‘Pode ir embora'”, relatou o ex-policial em um dos documentos que compõe sua delação premiada.
Élcio e o também ex-PM Ronnie Lessa estão presos desde 2019, acusados de executar a vereadora e o motorista. No último mês, Élcio fez uma delação premiada, confessando o crime e detalhando a participação dos executores. Ele dirigia o veículo no momento do assassinato, enquanto Lessa teria atirado do banco de trás.
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“Acredito que o Anderson (motorista assassinado) tenha sido um efeito colateral da ação e não proposital, pois foi uma rajada longa. No momento do disparo ele estava de toca ninja e casado preto com detalhe vermelho”, contou o ex-PM Élcio.
No momento dos disparos, Élcio achou que nada teria acontecido com o motorista e a assessora que estava ao lado da vereadora. Ao fim do tiroteio, Élcio perguntou a Lessa: “E a senhora que estava ao lado dela?’. O atirador respondeu: “Fica tranquilo”. “Então, eu pensei que não tivesse acontecido nada com a assessora e com o motorista”, disse o delator.
Com essa delação de Élcio, a Polícia Federal (PF) deflagrou uma nova operação do caso Marielle na segunda-feira (24/7). O ex-bombeiro Maxwell Correa, o Suel, foi preso, e sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos.
