Entre os documentos que fazem parte da delação premiada do ex-PM Élcio Queiroz, se destaca o depoimento em que ele narra em primeira pessoa a execução da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, na noite de 14 de maio de 2018.
Na última segunda-feira (24/7), a Polícia Federal e o Ministério Público do Rio deflagraram uma nova operação relacionada ao caso. O ex-bombeiro Maxwell Correa, o Suel, foi preso e sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos. A prisão e as buscas aconteceram a partir da delação premiada do ex-PM Élcio. Ele e o também ex-policial Ronnie Lessa estão presos desde 2019.
Leia a íntegra do depoimento aqui.
Os investigadores encontraram vários pontos de convergência entre a confissão de Élcio e as provas técnicas presentes no inquérito. O passo a passo do crime narrado pelo ex-PM coincide com evidências coletadas a partir dos celulares dos suspeitos, câmeras de monitoramento, documentos, entre outros.
Em relato detalhado, Élcio relembrou os atos preparatórios para o assassinato de Marielle, falou de uma tentativa frustrada em 2017 e narrou o dia da execução e a ocultação das provas.
“Logo quando passou do semáforo, ele disse ’emparelha’, pois o carro em que estava a vereadora Marielle estava parado, porque estavam esperando um carro que vinha na contramão passar. Em seguida, vi que o Ronnie já estava com o vidro abaixado. Naquele momento, eu só escutei a rajada e senti que caíram cápsulas em mim. Ao terminar a rajada, ele disse: ‘pode ir embora'”, contou sobre o momento da execução.
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