Dino descarta intervenção no Rio, mas avalia envio de Forças Armadas

O ministro Flávio Dino, da Justiça, disse ter discutido com Lula o emprego das Forças Armadas "em algumas áreas" do Rio de Janeiro

atualizado 24/10/2023 21:13

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Ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino - Metrópoles Vinícius Schmidt/Metrópoles

Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nesta terça-feira (24/10) que não existe “base constitucional” para uma intervenção federal no Rio de Janeiro. Dino se manifestou após uma segunda-feira (23/10) de caos na capital, com 35 ônibus incendiados como reação à morte do sobrinho de um miliciano.

“Precisa de completa anomia e ausência do governo, coisa que não está configurada. Não há esse estudo, esse debate, e não teria base constitucional para a intervenção federal”, afirmou Dino, que ressaltou a ampliação da presença da Força Nacional no estado, com 300 agentes e 86 viaturas mobilizadas no Rio.

O ministro contou ter apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a sugestão de reforçar a segurança pública do Rio com as Forças Armadas “em algumas áreas”. Dino afirmou aguardar para saber como se deu a reunião do petista com o ministro da Defesa, José Múcio, sobre o tema.

“É impossível substituir o trabalho dos estados, estamos complementando e debatendo o tema da participação das Forças Armadas em algumas áreas”, disse Dino.

Além da Força Nacional, os efetivos da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal no Rio também foram ampliados. O ministro disse ter um grupo de 20 policiais civis de outros estados trabalhando na investigação de facções criminosas do Rio.

Dino viajará nos dias 26 e 27 de outubro para Assunção, no Paraguai, e enviou o segundo em comando no Ministério, o secretário Ricardo Cappelli, para fazer um “diagnóstico” na capital fluminense.

Cappelli disse se tratar de uma situação “muito grave” e de “clara ameaça à autoridade do Estado”.

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Violência no Rio

Reprodução Tv Globo
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Ônibus incendiado no Rio

Reprodução/Redes

Sobrinho de miliciano morto no Rio

Matheus da Silva Rezende, mais conhecido como “Faustão” ou “Teteu”, era sobrinho do miliciano Luís Antônio da Silva Braga, o “Zinho”. Faustão morreu durante confronto com policiais na comunidade de Três Pontes, em Santa Cruz, também na zona oeste da cidade.

De acordo com apurações do Metrópoles com fontes de inteligência e com o histórico de investigações oficiais, Zinho lidera a milícia tem o apelido dele no nome, o Bonde do Zinho. A origem do grupo se deu após um processo que envolve a participação de familiares e trocas de comando em regiões dominadas pela milícia.

Ataques no Rio causam prejuízo milionário

Conforme o sindicato das empresas de ônibus da cidade do Rio de Janeiro, a Rio Ônibus, essa segunda foi o dia com maior número de veículos destruídos da história da capital. A entidade estima que o prejuízo do ataque aos coletivos possa chegar a R$ 35 milhões.

Na segunda, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), confirmou a prisão de 12 criminosos suspeitos de atear fogo nos ônibus. “Eles já estão presos por ações terroristas e, como terroristas, estarão sendo encaminhados para presídios federais”, explicou o governador.

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