CPI dos atos golpistas: relatora acusa coronel de tentar criar “cortina de fumaça”

O coronel Jorge Eduardo Naime era chefe do Departamento de Operações (DOP) da PMDF e estava de folga no dia dos atos golpistas

atualizado 26/06/2023 17:47

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A relatora da da CPI dos atos golpistas, Eliziane Gama (PSD-MA), afirmou que o ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Jorge Eduardo Naime estava tentando criar uma cortina de fumaça durante o depoimento à comissão, nesta segunda-feira (26/6).

“O senhor não está confuso, o senhor na verdade está querendo criar uma cortina de fumaça que a gente não vai permitir”, disse a relatora. A fala ocorreu após o depoente ser questionado sobre de quem partiu a ordem para as tropas estarem de sobreaviso em 8 de janeiro. Ele, respondeu, porém, que estava confuso com a pergunta.

“Eu fiz uma pergunta e o senhor passou meia hora dizendo porque o senhor estaria de folga. (…) A minha pergunta o senhor não é obrigado a responder. A título de informação: a tropa pode ficar de sobreaviso. Ela é chamada, mas leva tempo para chegar à ocorrência quando é interpelada”, explicou Eliziane. “A minha pergunta para o senhor é apenas se o senhor tem informação de quem teria saído a ordem para que a tropa ficasse de sobreaviso”.

Em seguida, Jorge Eduardo Naime respondeu que ficou sabendo da ordem apenas depois de retornar às atividades e no decorrer das investigações. “A respeito da semana que eu estava de folga, eu não tinha, naquele momento, informação nenhuma”, disse.

Depoimento à CPI

Jorge Eduardo Naime era chefe do Departamento de Operações (DOP) da PMDF e estava de folga no dia 8/1, sendo substituído dias antes pelo coronel Paulo José Ferreira. No dia dos atos antidemocráticos, Naime chegou a ir à Esplanada dos Ministérios, prendeu manifestantes e foi ferido por um rojão.

A CPI do 8/1 o interroga, nesta segunda-feira (26/6). Mais cedo, o coronel recebeu aval do Supremo Tribunal Federal para ficar em silêncio em questões que possam levar à autoincriminação e chegou a apresentar um atestado de depressão que o dispensaria de comparecer à comissão.

A secretaria do colegiado, no entanto, pediu uma reavaliação do laudo pela junta médica do Senado Federal. O coronel passou pela checagem médica e garantiu que, independentemente do laudo, iria falar na comissão que investiga os atos golpistas do 8 de janeiro, em Brasília.

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