O ministro das Comunicações do governo Lula, Juscelino Filho, será investigado pela Comissão de Ética da Presidência da República por ter feito uma viagem oficial que incluiu agendas privadas, como a participação em leilões de cavalos de raça.
Para viajar a São Paulo em janeiro, onde participou de agendas como ministro, Juscelino Filho usou sua prerrogativa de cargo do primeiro escalão e solicitou voos da Força Aérea Brasileira (FAB). Ele foi para a capital paulista em uma quinta-feira, dia 26 de janeiro, e só voltou no início da semana seguinte. No fim de semana, participou de eventos de interesse puramente privado.
Quando o caso veio à tona, em reportagem do Estadão, o ministro negou irregularidades, mas acabou devolvendo aos cofres públicos parte das diárias recebidas na viagem.
O ministro ficou sob pressão e precisou se explicar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas acabou mantido no cargo num contexto em que o governo ainda tenta consolidar uma base no Congresso e Juscelino Filho faz parte da bancada do União Brasil, partido pelo qual foi eleito deputado federal no Maranhão.
Em reunião nesta terça (28/3), a Comissão de Ética da Presidência da República decidiu que cabe uma investigação sobre a conduta do ministro no episódio.