Ciclone extratropical deixa rastro de destruição e quatro mortos no RS

Além do Rio Grande do Sul (RS), avança por Santa Catarina e Paraná, bem como pelo sul do Mato Grosso do Sul

atualizado 05/09/2023 10:18

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Imagem colorida de uma rua alagada, com água que chega a altura das casas - Metrópoles Reprodução/Redes Sociais

O ciclone extratropical que atingiu o Rio Grande do Sul (RS) na madrugada da última segunda-feira (4/9) deixou rastro de destruição. Mais de 40 cidades do estado registraram algum tipo de estrago devido às chuvas fortes, e quatro pessoas perderam a vida.

A expectativa é que o ciclone, que se formou próximo nas adjacências de São Borja (RS), se desloque rumo ao Oceano Atlântico até o meio-dia e, depois, siga para alto-mar.

A frente fria que atingiu o Rio Grande do Sul também avançou por Santa Catarina e Paraná, além do sul do Mato Grosso do Sul. As chuvas registraram um volume acumulado de em torno de 100 mm, e rajadas de vento chegaram a ser previstas, com velocidades de até 100 km/h – condição que também pode afetar o estado de São Paulo até o fim da tarde.

As vítimas do temporal que atingiu o RS residiam nas cidades de Mato Castelhano, Passo Fundo e Ibiraiaras, três delas por ficarem presas em veículos e uma por descarga elétrica.

Entre os locais mais afetados pelas condições climáticas em questão, estão Passo Fundo, Serafina Corrêa, Taquari, Roca Sales, Vacaria e Cruz Alta.

Veja os vídeos

Nas imagens, é possível observar as ruas alagadas nas cidades de Taquari e Roca Sales, ambas no Rio Grande do Sul. A água da chuva se acumula em uma altura que chega às portas dos comércios, e há uma correnteza visível no caso do último vídeo. Ainda há registros de moradores que tiveram de ser socorridos nos telhados de suas casas.

O prefeito de Roca Sales (RS), Amilton Fontana, chegou a afirmar que a cidade está ilhada, e recomendou que as pessoas deixassem suas residências em busca de abrigo, alertando para sempre andarem com os documentos em mãos.

“A água vem subindo num ritmo tão rápido que não tem como as pessoas tirarem os seus pertences. (…) Dá pra dizer que é uma enchente maior que a de 2020. Está bem complicado, continua enchendo muito”, alertou Fontana. “Quem conseguiu sair até agora saiu, o restante não tem mais o que fazer, porque começa a não ter mais opção. Então a única coisa que as pessoas podem fazer é sair caminhando, levar os documentos e pegar alguma coisa em mãos, porque não tem mais acesso a caminhão nem a veículo”, completou.

A recomendação é para que as pessoas nos locais atingidos pelas chuvas intensas busquem abrigo em locais altos.

Confira o que fazer em caso de enchente:

  • Esteja atento às notícias se você vive em áreas de inundação;
  • Busque locais altos;
  • Conheça os locais próximos que podem inundar (rios, córregos, etc.) e mantenha-se longe deles;
  • Caso esteja em casa quando a enchente começou, leve itens de sobrevivência (água potável, alimentos prontos e roupas secas) e de primeiros socorros durante a fuga;
  • Caso não consiga sair de casa, coloque os itens de sobrevivência e primeiros socorros no andar superior;
  • Não tente proteger seus pertences;
  • Desligue a energia elétrica;
  • Feche registros de água;
  • Não tente atravessar a enchente (nem sempre a correnteza está visível na parte superior);
  • Se tiver que entrar na água, busque por regiões em que o mínimo possível do seu corpo entra nela;
  • Fique longe de linhas elétricas;
  • Não dirija em áreas inundadas – 50 cm são o necessário para fazer o carro flutuar e 10 cm para perder o controle dele.

Chuva acumulada entre sexta e segunda-feira:

  • Passo Fundo: 310 mm;
  • Serafina Corrêa: 281 mm;
  • Vacaria: 279 mm;
  • Cruz Alta: 274 mm;
  • Ijuí: 266 mm;
  • Ibirubá: 236 mm;
  • Cambará do Sul: 219 mm;
  • Caxias do Sul: 192 mm;
  • Santa Maria: 185 mm;
  • Santiago: 185 mm;
  • Palmeira das Missões: 185 mm;
  • Santa Rosa: 162 mm;
  • Campo Bom: 131 mm;
  • Porto Alegre: 104 mm.

A chuva extrema ocorreu como consequência da atmosfera instável devido a um centro de baixa pressão. Um rio atmosférico intenso trouxe muita umidade da Amazônia para o Rio Grande do Sul, junto a um corredor de vento em baixos níveis da atmosfera com ar quente. Apesar disso, o fenômeno de chuvas intensas não é atrelado ao ciclone.

A previsão climática havia sido feita na última sexta-feira (1º/9) pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), e posteriormente reforçada pelo Climatempo Meteorologia e pelo MetSul.

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